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TROFÉU RM NO FOCO

24/02/12

NOSSA HOMENAGEM A MARIA MENEZES CRISTINO (RUTH CRISTINO) (EXTRA)

Imagem Arquivo RM no Foco
 
Nasceu no dia 06 de março de 1923, na fazenda Tauá, à época, município da Palma, hoje localizado no território do Município de Moraújo. Era a décima filha de uma família de onze irmão, sendo seus Pais Raimundo Leopoldo de Menezes e Iduína Félix de Menezes.
Registrou se e batizou-se como Maria, mas era chamada por seus pais de Ruth. Logo aos três anos de idade, ficou órfã de mãe, motivo de lamentação por toda vida e de não poder desfrutar do doce convívio materno, na eternidade desejava permanecer ao lado de sua mãe Iduína.
Fez seus estudos na terra natal, com a professora pública estadual Francisca de Lima Gomes, mais conhecida por Nenzinha Gomes. Sua escolaridade foi suficiente para alfabetizar seus filhos e dedicar-se à alfabetização de tantos nas escolas públicas estaduais onde lecionou em Coreaú, Escolas reunidas de Coreaú e em Sobral nas Escolas Reunidas José Mata e Silva. Dessa forma, seu nome está ligado à história da educação nos municípios de Coreaú e Sobral.
A personalidade forte, a convicção religiosa e o caráter inabalável a tornaram admirada pelas amigas de juventude e pelos rapazes contemporâneos.
Muito religiosa em Coreaú e em Sobral, enquanto a saúde lhe permitia, participou das missas diárias e de todos os eventos do calendário litúrgico e social da Igreja Católica.
No dia 12 de maio de 19949, casou-se com Gerardo Cristino de Menezes, na igreja nossa senhora da Piedade, em Coreaú, tendo como celebrante o Padre Domingos Gusmão de Sabóia. Desse enlace nasceram sete jóias preciosas, como gostava de chamar seus filhos: Vicente Cristino de Menezes Neto, Iduína Félix de Menezes, Raimundo Leopoldo Vitorino de Menezes, Joana Celi de Menezes, José Leônidas de Menezes Cristino, Gerardo Cristino Filho e Francisco Antonio de Menezes Cristino, todos criados com muito amor e desvelo. Orgulhava-se de ter tido a felicidade de proporcionar a seus sete filhos uma formação universitária: Vicente, Médico; Iduina, Licenciada em História; Leopoldo, Odontologo; Joana, Licenciada em Estudo Sociais; Leônidas, Engenheiro Civil; Gerado Filho, Médico; Francisco Antonio, Advogado.
Os primeiros anos de sua vida conjugal, inicio dos anos 1950, foram difíceis, pois, enquanto seu marido trabalhava no Piauí, Ruth permanecia em Coreaú, criando e educando os três filhos mais velhos, administrava a casa, a agricultura de subsistência familiar e lecionava nas Escolas Reunidas de Coreaú.
No dia 21 de março de 2009, aos 86 anos, Ruth, após ter vivido intensamente a esperança, a fé, a coragem, a perseverança, a caridade e a humildade, resolveu que era tempo de partir. Sua missão foi cumprida, e se desejo obedecido de permanecer eternamente junto de sua mãe, sepultada no cemitério de Coreaú.
A historia de vida de Ruth Cristino guarda em si a bondade de filha, a dedicação de esposa, a fortaleza de uma grande mãe e a doçura e o carinho de avó apaixonada pecos netos. Sua maior alegria era ter toda a família reunida nas grandes festas do ano. Nestes momentos, a união dos filhos e o amor entre eles era o bem maior que ela almejava.

Retirado do Livreto da Missa de Sétimo dia
Arquivo RM no Foco
 
 
23/02/12

NOSSA HOMENAGEM A GERARDO CRISTINO DE MENEZES (EXTRA)

Foto: Arquivo RM no Foco

GERARDO CRISTINO DE MENEZES nasceu em Coreaú, no dia 28 de março de 1923, filho de Vicente Cristino de Menezes e Joana Nunes de Menezes.
Desde criança se destacou por sua audácia, ousadia, obstinação e coragem. Ainda muito jovem, aprendeu com o pai o oficio de Agrimensor, trabalhando com dedicação e pertinácia para atingir a excelência nas suas tarefas. Casou-se com Maria Menezes Cristino, no ano de 1949, com quem teve sete filhos: Vicente Cristino de Menezes Neto, Iduína Félix de Menezes, Raimundo Leopoldo Vitorino de Menezes, Joana Celi de Menezes, José Leônidas de Menezes Cristino, Gerardo Cristino Filho e Francisco Antonio de Menezes Cristino.
A grande capacidade de trabalho e o desejo de dar dias melhores à família fizeram-no trabalhar em diversas atividades até conseguir emprego, em 1952, no Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER). O trabalho na construção de estradas fez com que fosse transferido para o Piauí, onde serviu durante cinco anos.
No serviço público desenvolveu suas atividades com dedicação e entusiasmo, conseguindo a confiança dos superiores, o respeito dos subordinados e a benquerença de todos. Em 1977, Gerardo Cristino foi promovido ao cargo de gerencia no DNER, o que o possibilitou de traze a família para Sobral, cidade que elegeu como sua segunda terra.
As limitações financeiras de assalariado não o impediram de dar aos filhos todas as condições de conquistarem a educação formal. Abdicou do lazer e das vaidades para proporcionar aos filhos a grande herança que deixou o conhecimento e a honradez.
Mesmo depois de aposentado, continuou a associar trabalho e lazer em sua querida propriedade, fazenda Ruthlândia, onde realizava atividades de agricultura e pecuária e costumava reunir a família para celebrar momentos de alegria.


Retirado do livreto da missa de sétimo dia de falecimento
Arquivo Blog RM no Foco

22/02/12

NOSSA HOMENAGEM A ANTONIO IRALDO CRISTINO DE MENEZES (EXTRA)

Imagem: Orkut Elitânia Bezerra
Iraldo Cristino, segundo filho do casal Vicente Cristino de Menezes e Joana Nunes de Menezes, nasceu na antiga Palma, atual cidade de Coreaú, no dia primeiro de outubro de 1917. Casou-se com Ana (Naiza) Belchior Cristino, na matriz de Nossa Senhora da Piedade, no dia 31 de maio de 1946, constituindo uma saudável prole composta de sete filhos, 22 netos e três bisnetos.
Ainda jovem, aprendeu com seu pai os fundamentos da agrimensura, a arte medir terras, tornando-se agrimensor prático. Exerceu este mister com muito desvelo e grande capacidade técnica, sendo conhecido e respeitado em toda a Ribeira de Coreaú e serra da Meruoca e região da Ibiapaba.
Outras atividades marcaram o seu viver. Militou na agricultura, por um considerável período.No biênio 1950/1951, foi funcionário municipal, na gestão do seu genitor quando esteve a frente da Usina de Luz e Força responsável pelo fornecimento de energia elétrica à cidade de Coreaú. Tempos depois, ingressou no Serviço Público Estadual, sendo lotado no Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens – DAER, permanecendo neste até sua aposentadoria ocorrida no inicio dos anos 70.
Ao longo do tempo, participou ativamente da vida paroquial de sua terra. Na juventude, foi congregado Mariano. Mais tarde, passou a integrar a Irmandade do Santíssimo Sacramento, da qual foi assíduo filiado. Por muitos anos, foi responsável por noitários da tradicional festa da padroeira, notadamente o último que era dedicado aos visitantes.
Participou, também, com afinco, da vida política de Coreaú dos anos 50, 60, 70 e 80. Nessas décadas, marcou presença em todos os eventos sociais, religiosos e políticos que se verificaram no seu torrão natal.
No período compreendido entre 26/09/1969 e 26/02/1972, ingressou na diretoria da Sociedade Pró-Ginásio segunda entidade mantedora do Ginásio Nossa Senhora da Piedade.
A sua longa caminhada, na terra, foi lastreada por posturas relevantes, onde a cidadania, a coerência e a sinceridade despontavam com robusteza e expressividade. Este exemplo de vida, ele legou não só aos filhos, netos e bisnetos, mas a todos aqueles que buscam ser cristãos e cidadãos autênticos, comprometidos com a verdade e com o bem- estar da comunidade que integram.
Durante o curso do seu viver, sempre demonstrou dedicação e apreço a sua família, a sua terra e a seus contemporâneos, por isso, sempre mereceu o respeito e a estima de todos. Por ter sido simples, generoso, leal, ético e discreto, sentiu o jubilo da vida e viveu em plenitude.
Segundo o filosofo Immanuel Kant: “A mais elevada tarefa do ser humano é saber o que deve ser, para ser um ser humano”, esta preocupação podemos identificar-la, com relativa facilidade, neste relato biográfico que realça a vida honrada e dignificante deste cidadão impoluto chamado Iraldo Cristino que, no dia seis de outubro de 2004, com 87 anos, migrou para a pátria celeste, atendendo ao chamado do Senhor da vida.

Leonardo Pildas

Retirado do livreto da Missa de sétimo dia de falecimento
Agradecimentos Elitânia Bezerra por nos ter cedido o livro.

NOSSA HOMENAGEM AO DR. RAIMUNDO GOMES


DOUTOR RAIMUNDO GOMES
O Benemérito da Palma

Doutor Raimundo Gomes, filho das entranhas da Palma, nascido a 6 de agosto de 1879, jamais a esqueceu. A ela dedicou um grande amor e uma efetiva preocupação com seu desenvolvimento e o bem-estar de seu povo.
No curso de sua caminhada terrena, mostrou-se ativo, diligente, zeloso e pertinaz. Formou-se em odontologia, no ano de 1906, na cidade do Rio de Janeiro, regressando, em seguida, para o Ceará, onde clinicou e lecionou.
Humanista, ético e benevolente, buscou, sempre, o melhor para sua terra natal, constituindo-se num exemplo de respeito e dedicação ao solo no qual foi gerado. São muitos os serviços prestados à gleba de sua natividade, sendo, portanto, merecedor de honras e aplausos.
Quem compulsar os registros históricos de Coreaú, consignados entre as décadas de 1920 e 1950, por certo, encontrará um considerável elenco de feitos, nos quais aparece como protagonista. No entanto, nenhuma homenagem de fôlego, até aqui, foi prestada a essa personalidade da velha Palma.
Ao longo do tempo, esse ilustre coreauense mereceu de seus conterrâneos: distinção e reverência. Assim, no âmbito palmense, em solenidades oficiais e festivas, foi distinguido como: “Um filho bem amado” e “Doutor Raimundo Gomes, invicto filho de Coreaú.” Entretanto, dada a envergadura desse benemerente cidadão, urge que seu torrão faça justiça a sua memória, crismando uma artéria com seu respeitável nome.
Abrasa, Coreaú, o coração de teus íncolas no sentido de exigir dos poderes públicos o resgate histórico desse bravo conterrâneo. Ele, que passou para a eternidade, merece ser lembrado com magnitude.  Reverenciemos os cinquenta anos de sua morte, transcorridos no dia três de setembro último.
Destaque-se, por ser relevante, que, em vida, Doutor Raimundo Gomes foi cirurgião-dentista, professor universitário, banqueiro, político, deputado estadual, filatelista, filantropo e maçom.  Todavia, caracterizou-se como “O Benemérito da Palma”, dignificando com seu esforço e tenaz exemplo o querido rincão.
Por tudo que fez e representou para Coreaú, com muita propriedade, podemos atribuí-lo a expressão latina: “Genius loci” que é traduzida por “o gênio protetor do lugar”.
Ao Doutor Raimundo Gomes, in memoriam, a nossa homenagem e a nossa reconhecida gratidão!

Fortaleza, 21 de outubro de 2011

Leonardo Pildas 

NOSSA HOMENAGEM A JOSÉ GERARDO DE MOURA (JOSÉ DO CHAVES)

Nasceu no ano de 1954, na cidade de Coreaú, filho de Francisco Xavier de Moura e Maria Albino do Nascimento, sendo o mais velho de uma família de quatro irmãos, destes dois ainda vivos.
José Gerardo logo cedo, recebeu o cognome de José do Chaves, por causa do nome de seu pai, que também era chamado de Chave. Teve uma infância difícil, marcada pela pobreza e o ato de trabalhar duro para ajudar os pais a sustentar os irmãos mais novos.
No ano de 1970 com 16 anos, passou a trabalhar com seu pai cozinhando (informando) chapéu para o Sr. Antonio Alves, tomando a profissão do pai logo em seguida, passando a ser o informador oficial durante 15 anos. Trabalharam com ele nesse informaria, os amigos Zezim de Fátima (in Memorian) e também o Sr. Manoel (In memorian), que construíram um elo de amizade durante um longo tempo de trabalho.
Após os 15 anos de trabalho, resolveu mudar de profissão, sendo que esta mudou o rumo de sua vida. Desde pequeno gostava de averiguar os objetos eletrônicos que conseguia, abrindo-os e tentando remontar até que o mesmo voltasse a sua forma original. Resolveu então montar uma eletrônica para consertos de rádio, o negocio deu certo de forma que a fama se espalhou pela região, tornando-o o profissional em Radiotécnico. O tempo foi passando e a vontade em se especializar aumentava a cada dia, até porque a era do rádio estava passando e a onda do momento era a TV, fez um curso de modo a ter seu certificado de especialista em Radiotécnico e Eletrônica
Hoje com toda a sua experiência de mais de 25 anos de profissão, se tornou o especialista no assunto em Coreaú, sendo que um dos mais requisitados da região nesta área.
José do Chaves é um ótimo profissional, esposo fiel, o melhor pai do mundo e amigo de todos, Uma pessoa que figura a sociedade coreauense por seu trabalho, tornando-se um cidadão que merece nossos elogios pela sua luta e conquista dos objetivos alcançados.
Por José Romildo de Moura

 

NOSSA MOMENAGEM A FRANCISCO DAS CHAGAS MOREIRA


Na Canafístula, pequena localidade rural do então município de Palma, hoje Coreaú, exatamente a 5 de agosto de 1913, nascia o primogênito do casal Leocádio Rodrigues Moreira e Maria Francisca de Jesus da Cunha. Na pia batismal, no dia 8 do mesmo mês e ano, com a assistência do Pe. José Juvêncio de Andrade, vigário à época, recebeu o nome de Francisco das Chagas Moreira, mas no decorrer do tempo, tornou-se mais conhecido como “Chagas Leocádio”. Era neto paterno de Antônio Rodrigues Moreira e Joana Umbelina Moreira, e materno de José Francisco da Cunha e Francisca Maria de Jesus.

No curso do seu longo viver, teve a experiência de duas núpcias. A primeira com Felismina Fontenele Moreira, filha de Manuel Moreira Albuquerque e Ana Moreira Fontenele, oficiada pelo Pe. Antônio Ivan de Carvalho, em Coreaú, no dia 5 de outubro de 1940. Porém, essa união durou muito pouco, sua esposa faleceu no dia 10 de fevereiro de 1942, em conseqüência de complicações no parto, que fora duplo. Das duas crianças, ambas do sexo feminino, apenas uma sobreviveu e tomou o nome da mãe: Felismina Moreira Fontenele. A segunda, com Hermogênia Teixeira Moreira, a sua Hermó, filha do casal Antônio Raimundo da Silva e Ana Raimunda da Silva, foi longa e fértil. O casamento religioso foi celebrado pelo Pe. José Maria Moreira Bonfim, em 20 de julho de 1942, na cidade de Massapê, enquanto que o civil foi realizado em Coreaú, no dia 14 de setembro de 1942, e teve como oficiante o Juiz do termo Judiciário, Dr. Luiz Bezerra de Menezes. Cinco filhos brotaram da vivência plena deste amor conjugal: Maria de Jesus, Raimundinha, Gracinha, Benedita e Humberto. Esta prole, mais tarde, foi acrescida de dois filhos adotivos: Francisco de Assis e Francisco das Chagas, graças à grandeza de índole do nobre casal.

Desse enlace matrimonial, tão bem edificado, muitas alegrias foram vivenciadas, muitas conquistas alcançadas. Dois jubilosos momentos, as Bodas de Prata e de Ouro, foram festivamente comemorados em família, com missa de ação de graças na Matriz de Nossa Senhora da Piedade, em Coreau, respectivamente em 20/07/1967 e 20/07/1992.

Segundo um importante escritor, “o destino da rosa é florescer, perfumar caminhos. O destino do homem é crescer, viver, frutificar.” Chagas Leocádio soube crescer em estatura, postura e atitudes. Fez do seu viver uma luta diária, na busca incessante do ter, sem aniquilar o ser, tendo como bandeiras: o trabalho, a ética e a honradez. Frutificou legando, a Coreaú e ao Ceará, uma linhagem que honra a sua memória e glorifica as suas realizações. Nesse contexto, floresceu para a vida com determinação e correção. Perfumou os caminhos daqueles que de sua têmpera descendem, pelo exemplo de cidadão íntegro e de pai extremoso, que sempre foi.

Inicialmente, vivia da lavra da terra e da pecuária. Depois, passou a trabalhar como empregado no estabelecimento comercial do senhor Francisco Fernandes Moreira, mais conhecido como Chico Fernandes, na povoação de Várzea da Volta. Mais tarde, tornou-se sócio deste e mais adiante o proprietário do referido empreendimento. No entanto, continuou ligado à agricultura e à pecuária.

Em 1958, incentivado por sua esposa Hernó, que se preocupava com a educação dos filhos, transferiu-se para Coreaú. Antes, adquiriu do senhor Jacinto Gomes um ponto comercial no Mercado Público. Por muitos anos, militou no comércio varejista e atacadista, sendo bem sucedido.

Na ambiência paroquial, vivenciou com entusiasmo os postulados da doutrina cristã, solidificou a sua fé e preparou-se para a eternidade. Foi membro atuante da centenária Irmandade dos Irmãos do Santíssimo, tendo ocupado cargo em sua diretoria.

Dotado de espírito participativo, integrou o grupo de fundadores da Cooperativa Agrícola Mista de Coreaú. Como sócio efetivo da Associação Rural de Coreaú, exerceu cargos em sua diretoria. Mesmo sem convicções políticas, exerceu o cargo de vice-prefeito no biênio 1971/1973.

Chegou ao topo de sua expressiva caminhada trazendo intacto o seu senso de humor. A crônica prosaica de Coreaú registrou um bom número de anedotas saídas de sua agradável verve.

Aos 84 anos, ele vivia aquele momento de existência que sintetiza os frutos advindos de larga experiência e sabedoria acumulada nos louros e percalços de um viver alongado, quando de repente, recebe o chamado para a pátria dos justos.

No dia 1º de dezembro de 1997, encontrava-se na Igreja de São Francisco quando sentiu-se mal. Imediatamente, foi levado para a cidade de Sobral. No dia seguinte, 2 de dezembro, seus olhos se fecham para as belezas terrenas e passaram a contemplar o esplendor do infinito.

Segundo um filósofo contemporâneo, “o homem é muito mais as suas ideias e os seus ideais do que as suas realidades conhecidas”. Esta máxima é aplicável a essa criatura tão simples e espontânea, que tinha como meta progredir nos negócios e, por meio destes, fazer seus filhos crescerem no saber, alargando-lhes os horizontes, como garantia de uma vida digna e produtiva. No seu recato habitual, ele acalentou e deu forma a esse ideal. Atualmente, seus filhos, netos e bisnetos saboreiam, com indisfarçável sucesso, os bons frutos desta robusta semeadura.

Hoje, graças à manifesta gratidão de seu filho Humberto, seus restos mortais repousam neste mausoléu, que tem anexo um memorial onde estão expostos objetos, documentos e fotografias que falam de seus hábitos, de seus feitos e, principalmente, da excelente criatura humana que soube ser, durante a extensa jornada por ele palmilhada.

Neste perfil biográfico, buscamos deixar fotografado o rastro de sua presença entre nós, que teve como tônica a simplicidade e a discrição de atitudes.

“Ele soube ser simples e discreto para bem gozar a plenitude da vida.”

Texto extraído do libelo “O espirituoso Chagas Leocádio”, de Leonardo Pildas, publicado a 5 de agosto de 2000

NOSSA HOMENAGEM À MARIA AURINO DAMASCENO, A VÓ BRASILINA

BRASILINA AURINO DAMASCENO era o nome de batismo de Vó Brasilina, uma das mais importantes parteiras (cachimbeiras) de nosso município. Nascida em berço simples e de família numerosa, era filha de dona Maria Francisca do Nascimentoe e do Sr.Vicente Rodrigues Damasceno.Tinha como irmãos:Nazaré, Benedita, Nazinha ,Raimunda, Neném e Joaquim. Nasceu no dia 29 de janeiro de 1882, seis anos antes da Abolição da Escravatura.
Quando começou a profissão de parteira, já tinha mais de 30 anos, pois na época, devido aos conceitos morais, seria inviável exercer a profissão com idade mínima, ou que não fosse casada. Não tenho registro de quem foi seu 1º parto, mas o seu ultimo foi de sua neta, Maria Elci Pinto, no dia 15 de janeiro de 1971.

Vó Brasilina era casada com o Sr.Raimundo Pinto de Mesquita. Dessa união conjugal, nasceram sete Filhos: Virgínia (dona Gina), Rita, Chagas Doca, Vicente Doca, Chico Doca, Raimundo Doca e José Doca .Desses ainda estão vivos até hoje o Sr.Vicente Doca e a Dona Gina (Virginia).

Vó Brasilina morreu no dia 07 de dezembro do ano de 1981, na casa de sua filha, dona Gina, onde vivia desde o inicio de sua cegueira, e por quem fora cuidada com muito amor e carinho durante muitos anos, devido a sua cegueira e surdez.

Muito querida, recentemente na administração do Prefeito Francisco Cristino Moreira (Chico da Bomba), foi homenageada com uma praça que leva seu nome, "Praça Vó Brasilina”, que fica situada no bairro do Cemitério, em frente à casa em que viveu seus últimos anos, mostrando assim, o respeito, a importância e o agradecimento do povo de Coreaú a essa ilustre coreauense.

        Lição de vida ensinada a mim por vó Brasilina:"Meu filho, onde você ver as coisas, deixe-as, pois o ‘não ouvi, não sei e não vi’, cabem em todo canto"


Por: BENEDITO GILSON RAMOS, "Manchão"

NOSSA HOMENAGEM A RAIMUNDO GOMES CAMILO “NOVO CAMILO”


Nasceu na Vila de Palma (hoje Coreaú), no dia 15 de Junho de 1903, filho de Pedro Camilo Ximenes e Leonília Gomes Portela.
Na infância, perdeu os pais, sendo levado para Massapê onde residia seu irmão mais velho, Napoleão. Retornou à Vila de Palma tempos depois.
Na juventude fez parte da Banda de Música da Paróquia, onde tocava trompa, desde então se tornou um apreciador da boa música.
Estabeleceu-se como comerciante com uma loja de tecido, mais tarde expandindo seus negócios, adquiriu algumas propriedades rurais, dedicando-se à agricultura e à pecuária.
Católico praticante foi membro fundador da Congregação Mariano e pertenceu também à Irmandade do Santíssimo Sacramento. Desta confraria guardou a Opa Vermelha com a qual desejava ser enterrado, no que foi atendido pela família.

Casou-se, em 1931, com Eduviges Carneiro da Frota, filha de Custódio Carneiro da Silva e Maria Carneiro Albuquerque, com quem teve oito filhos, dos quais cinco morreram ainda bebês e sobreviveram três filhas, que hoje moram no Rio de Janeiro.
Cidadão honrado e respeitado na sociedade coreauense, ingressou na vida política de seu município como prefeito interino em 1940, para substituir o titular que havia se licenciado.
Em 1944, sofre a perda de sua jovem esposa, que falece em conseqüência das complicações de um parto. Casou-se em segundas núpcias, em 1945, com Lucy de Queiroz Teles, filha de Antonio Teles Dourado e Flora de Queiroz Teles. Desta união nasceram cinco filhos, três mulheres e dois homens. Foi um pai dedicado, amoroso e justo, deixou para os filhos exemplos de responsabilidade e humildade.
Em 02 de dezembro de 1947, foi eleito Prefeito Municipal de Coreaú pelo Partido Social Progressista – PSP. Permaneceu no cargo até março de 1950, quando se licenciou para que seu sogro, Antônio teles Dourado pudesse concorrer às eleições de outubro de 1950. Nessa gestão construiu e inaugurou o primeiro Campo de Aviação* (14/09/1949) e o Mercado Público de Coreaú, em 07 de janeiro de 1950.
Voltou a ser eleito para o cargo de prefeito municipal em 1958, pelo mesmo partido PSP, terminando o mandato em 1963, quando se afastou definitivamente da vida pública.
Em 1966, mudou-se com a família para a cidade de Fortaleza em busca de melhores condições para educar seus filhos. Nunca deixou de sentir saudades e lamentar ter deixado sua querida Palma. Voltou a residir em Coreaú em 1972, para seu contentamento.
Faleceu em 10 de dezembro de 1984, em Fortaleza, sendo enterrado em Coreaú. Levou consigo seus mistérios, deixando conosco suas virtudes e muitas saudades.

Texto extraído do livro de lembrança póstuma em homenagem ao centenário de nascimento, “Novo Camilo”, 1903-2003.

*Conforme Leonardo Pildas, in História de Coreaú, 1702-2002, p.438 “Muito tempo depois, este Campo de Pouso, que ficava no local hoje denominado de Alto do Isaías, foi substituído por outro situado nas proximidades do açude do Chico Camilo.”

NOSSA HOMENAGEM A ANTONIO SATURNINO DE ARAÚJO, O TIO TOINHO

Natural de Moraújo, antiga Pedrinhas, filho de Manuel Francisco do Nascimento e de Rosa Maria do Carmo, veio ao mundo no dia 18 de Março de 1903. Contraiu matrimônio com D. Cláudia Carneiro de Araújo no dia três de novembro de 1938, na Igreja Mariz de Nossa Senhora da Piedade, sendo o celebrante o padre Ivan de Carvalho. Dessa união conjugam nasceram os filhos Maria Marlene de Araújo Cristino, Manoel Carneiro de Araújo (falecido), Francisco de Assis Araújo (falecido), Raimundo Nonato de Araújo, Custódio Carneiro de Araújo, José Carneiro de Araújo, Rosa Maria de Araújo Oliveira, Antonio de Pádua Araújo, Carlos Carneiro de Araújo, Maria de Fátima Araújo Pessoa e Santana Cristino de Araújo Tabosa.

Perseverante no compromisso matrimonial, celebrou, com as bênçãos de Deus as seguintes bodas: PRATA, OURO E DIAMANTE.A partir de seu casamento, fixou residência com a família em várias cidades: Moraújo, Tianguá, Arapá e Coreaú. Em Moraújo, abriu o seu primeiro comércio, posteriormente, nesta mesma cidade, ocupou os cargos de Inspetor Escolar, Procurador da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e de Presidente da Conferência de São Vicente de Pádua. Mudou-se para Tianguá em busca de melhor educação para os filhos, os quais estudaram no seminário local. Teve muita prosperidade nos armazéns de gêneros alimentícios que instalou nas cidades de Tianguá e Arapá. 

Vindo residir com a família em Coreaú, em meados de 1968, passou a exercer o comércio de compra e venda de chapéus de palha, tendo como compradores os negociantes da cidade de Sobral. Permaneceu nesta atividade até os 83 anos de idade, mesmo após ter alcançado a aposentadoria. Foi colaborador na estruturação do MODEBRA, hoje PMDB. Naquela época, o seu nome veio a ser sugerido pelo presidente da organização como candidato a prefeito de Coreaú, tendo ele declinado em favor de seu companheiro de luta, o Sr. Agostinho Gomes. 

Como cidadão politizado, permaneceu fiel ao seu partido durante muitos anos, deixando-o apenas para votar com o seu genro, Francisco Cristino Moreira (Chico da Bomba), candidato a prefeito.

Antonio Saturnino de Araújo, o “TIO TOINHO”, como carinhosamente muitos o chamavam, fez por merecer a amizade de todos que com ele conviveram. Sua simplicidade, seu coração generoso, sua humildade, a mansidão que lhe era peculiar, e o amor a Deus, fez com que ele, até mesmo na data de seu aniversário, fosse eminentemente generoso, pois não comemorava com os ricos, mas sim com a companhia do povo humilde de nossa cidade, que participavam com ele do “café aos pobres”. O “Tio Toinho”, faleceu no dia 13 de fevereiro de 2000, na cidade de Coreaú.
Por Santana Cristina de Araújo Taboza

NOSSA HOMENAGEM A RAIMUNDO MACHADO PESSOA

Natural de Cunhassú  Velho, em Coreaú, município situado na região norte do Estado do Ceará.  No dia 11 de fevereiro de 1952, nasceu Raimundo Machado Pessoa, carinhosamente conhecido como Raimundo Ilário. Originado de uma prole de 12 filhos, é o 10º filho do casal Ilário Machado Pessoa e Maria Machado de Albuquerque.
          Raimundo Ilário passou sua infância na fazenda Cunhassú, e lá ficou até os 15 anos de idade ajudando seus pais nos afazeres da roça. Cuidava dos animais e os ajudava na lavoura.
        Teve suas primeiras orientações escolares, na Escola Dr. Manuel Carneiro de França, no Cunhassú.  No ano de 1967, em busca de uma melhor condição de vida, mudou-se para a sede de Coreaú, onde estudou até a 4ª série do 1º grau. Enquanto estudava,passou a ajudar o seu irmão Tobias Machado Pessoa no comércio. Em seguida, passou a ser sócio de seu irmão Izaías Machado Pessoa.
         Tempos depois, Raimundo Ilário resolve trabalhar e aceita  ser sócio de seu pai,  Ilário.  Durante esse tempo, ele se dedicou a profissão de comerciante e abandonou os estudos. O comércio passou a ser sua única atividade diária, revelando-se muito trabalhador.
      No ano de 1974, passeando pela praça da matriz de Coreaú, conheceu a jovem Antônia Maria Ximenes de Aragão e logo se apaixonou. Após três anos de namoro, o jovem Raimundo Ilário pede-a em casamento. Com a aprovação de Raimundo Ximenes de Aragão ( Raimundo Damásio) e Maria do Livramento Ximenes, pais de Toinha. No dia 25 de dezembro de 1977, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade, com a benção do Padre Eudes, realiza-se o casamento de Raimundo Machado Pessoa e sua noiva, a qual passou a ser chamada de Antônia Maria Ximenes Pessoa.
        Para consolidar o amor deste casal, Deus lhes presenteou com quatro filhas, cada uma com uma beleza diferente. A primogênita, Rayane, seguida pela Renata, Rakel e Rafaela.  Atualmente o casal possui dois netos: Hugo e Letícia.
         Raimundo considera-se hoje uma pessoa de sucesso e praticamente realizado, por ter uma esposa dedicada e por ver as quatro filhas formadas .
        Raimundo Machado Pessoa, menino simples, batalhador que veio para a cidade em busca de seus sonhos, conquistou seu espaço no comércio, tornou-se empresário, mas não foge as suas raízes, considerando que nas horas vagas adora cuidar de seu gado em sua fazenda, ou seja, vive do comércio mas seu hobby é a agropecuária.
       Raimundo Ilário é um bom filho, esposo fiel, pai dedicado e um amigo muito generoso. Uma pessoa que ilustra e contribui muito com a economia de Coreáu, sua amada terra Natal.     
Por Rakel  Ximenes Pessoa

 

NOSSA HOMENAGEM A MANOEL DO NASCIMENTO TABOZA

Manoel do Nascimento Taboza, conhecido popularmente como Nezinho Taboza, nascido em 25 de dezembro de 1947, na localidade Mota, é sinônimo de luta, determinação e coragem para enfrentar todas as dificuldades que a vida lhe trouxe. Mas com trabalho, perseverança e honradez tornou-se um dos mais tradicionais comerciantes de Coreaú.
Filho de Raimundo Barrozo Taboza e Terezinha Barrozo Taboza, é o segundo dos onze filhos do casal. Teve uma infância pobre, tendo que muito cedo começar a trabalhar, ajudando seu pai na agricultura para que seus irmãos menores pudessem ter uma vida melhor.
Aos 17 anos vem para a cidade de Coreaú com o objetivo de estudar, vindo morar na casa de seus tios Edgar e Floriana pelo período de dois anos. Na época cursou até a 6ª série do Ensino Fundamental no Ginásio Municipal Nossa Senhora da Piedade, onde conheceria aquela que posteriormente seria sua esposa, Maria José de Albuquerque. Aos 19 anos passa a morar com o senhor Gerardo Barros na cidade Sobral, onde terminou o Ensino Fundamental.
Em 1970, em busca de melhores oportunidades, saiu de Sobral com destino à Brasília, e logo começou a trabalhar como porteiro em um edifício residencial. Após dois anos e meio, seu Nezinho retorna à sua terra natal e com as economias que conseguiu juntar monta seu pequeno negócio – uma sapataria.
A Sapataria São José ficava localizada na Rua Mariano Lopes, tenso sido fundada em 1972, ano em que também se noivou vindo a casar-se em novembro do ano seguinte com Maria José Albuquerque Taboza e dessa união nasceram seis filhos: Adriana, Daniela, Katiele (in memoriam), Kassiana, Samuel e Zuila.
Nezinho Taboza é comerciante desde 1972, tendo já 39 anos de dedicação ao seu trabalho. Durante esse período foi um homem de sucesso e perseverança, pois com a ajuda de sua esposa, a professora Maria José, conseguiu criar, educar e formar seus filhos. É um homem de princípios e de muita honradez, pois mesmo com os altos e baixos da sua vida de comerciante nunca desistiu de seu comércio. Sua determinação fez com que até hoje, ele permanecesse no ramo de sapatos. Atualmente sua sapataria localiza-se na Travessa Xaxandre.
Por sua dedicação e trabalho, o Blog RM no Foco concede-lhe o Troféu RM no Foco.

Por Daniela Albuquerque Taboza Cristino

NOSSA HOMENAGEM A ERASMO TABOSA


Em 22 de fevereiro de 1964, na localidade de Cunhassú, nascia Erasmo de Souza Tabosa. Trabalhador rural e cidadão dos mais conscientes e politizados que o município de Coreaú já viu. É casado com Vânia Moreira e pai de quatro filhos (Daniel, Verônica, Patrícia e Vitória). Erasmo, há mais de vinte anos é militante político do Partido dos Trabalhadores. Não teve oportunidades de fazer um curso superior, mas é doutor em coragem, honestidade, trabalho e competência, atributos tão escassos nas terras palmenses.
Acredita e luta incansavelmente pela construção de um mundo mais justo e humano. Ao longo dessa trajetória já disputou várias eleições tanto para a Câmara Municipal, como para prefeito, também para conselheiro tutelar e a última para a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Venceu todas as disputas, mesmo aquelas em que não foi eleito, já que de todas saiu mais forte e com a convicção de que a luta nunca acaba e que é preciso está sempre à disposição do movimento.
 Entre 1998 e 2000 exerceu o cargo de conselheiro tutelar. Nesse colegiado fez um belíssimo trabalho. Sem desmerecer os demais que por lá passaram, podemos afirmar que Erasmo foi o mais atuante. Sempre firme, corajoso e presente. Em 2000, Erasmo era eleito para a Câmara Municipal.  Na casa do povo foi um grande guerreiro. Lutou bravamente todos os dias de seu mandato. Combateu a corrupção, denunciou as irregularidades e os abusos do poder, fiscalizou os gastos do executivo e também do legislativo, apresentou diversas proposições e esteve sempre na tribuna para falar em defesa da ética e da moralidade pública. Combateu o bom combate.  Sua atuação marcou época no legislativo coreauense. As sessões eram agitadas e o povo se fazia presente para ouvir aquele que nunca se cansava de bradar em favor do que é direito.  Exemplo de filho, de pai, de irmão e de amigo. Onde tem luta tem Erasmo. Erasmo sempre na luta do povo.

Por  José Maria Gomes de Lima

NOSSA HOMENAGEM A LAIRE FONTENELE DE AGUIAR


Laire Fontenele Aguiar nasceu no dia 10 de julho de 1913, em Coreaú - Ceará. Filha de Mariana Fontenele de Queiroz e Severiano Rodrigues Aguiar.  Casou-se com Francisco Carneiro de Albuquerque (Lilico) e desse matrimônio   nasceram  duas   filhas: Maria Eurinice Fontenele de Albuquerque e Maria  José  Albuquerque Teles. Em vida, D. Laire teve 14 netos e tantos outros bisnetos.
D. Laire, como era popularmente conhecida, era doméstica, bordadeira e muito trabalhadora. Mulher forte e decidida, lutava para manter o sustento da casa, juntamente com seu marido. Prendada e caridosa, ajudava a todos que lhe procuravam. Sempre à frente do seu tempo, sonhava em ter uma profissão que fosse além dos afazeres domésticos e, assim, nos anos de 1960, dedicou-se a fazer partos nas residências, ganhando por isso o codinome de “D. Laire, parteira”.
Sábia de conhecimento e pondo em prática o dom que Deus lhe deu, D.Laire era uma luz divina na casa de muita mulher, pobre ou rica, que esperava dar à luz com tranqüilidade e muita paz. Já sendo conhecida como a Vó Laire, iniciava uma vida dedicada à saúde das mulheres e a vida dos recém-nascidos de Coreaú e de toda região. Em 1962, através do Prefeito Gerardo Antonio de Albuquerque, consegue um Contrato de Trabalho com o Estado e passa a ser oficialmente Auxiliar de Enfermagem, o que a fez trabalhar por muitos anos na Maternidade Tomas Porto, em Coreaú. Com toda dedicação, habilidade e conhecimento prático achou por bem aprender mais e resolveu estudar e profissionalizar-se na Maternidade e Hospital César Cals (em Fortaleza), onde estudou por dois anos e fora diplomada oficialmente como Parteira. Era um prazer para ela mostrar seu anel de formatura, orgulho para si e para seus familiares.
Durante anos e anos, D. Laire dedicou sua vida a fazer o bem. Sempre disposta, dia ou noite, estava à disposição para socorrer mulheres em trabalho de parto. Não havia hora, lugar ou dia difícil, estava sempre atenta para atender e ajudar principalmente os mais necessitados.  Há registros de que fizera mais de 5.000 partos.
D. Laire, além de esposa dedicada, dona de casa exemplar, mãe, avó e parteira, era senhora distinta, educada, estudada, com leitura e escrita impecável, gostava de arte, principalmente da arte de atuar. Nos carnavais, nos dramas, estava lá, sempre alegre e extrovertida, cantando e fazendo alegria.
Dona Laire ficou viúva, mas continuou amando a vida, a seus familiares e a sua profissão. Sempre com o pensamento à frente de seu tempo, esta mulher resolveu entrar para a política sendo a primeira mulher vereadora no Município de Coreaú. Por três mandatos, foi eleita vereadora, dizendo consegui-lo com os votos das mulheres do município. Seu primeiro mandato foi junto ao então Prefeito Gerardo Antonio de Albuquerque e o último, no primeiro mandato do Francisco Cristino Moreira, mais conhecido como Chico da Bomba. No entanto, mesmo enquanto vereadora, D. Laire nunca deixou de atender a mulheres em trabalhos de parto, exercendo o dom maior que Deus lhe deu.
Catótlica, zeladora do Apostolado da Oração, amada pelo povo, pessoa que prestou serviços relevantes ao povo coreauense, D. Laire deixou sua família e o povo de Coreaú em 19 de junho de 1992, vindo a falecer na Santa Casa de Sobral, vítima de problemas cardíacos.
Coreaú sempre foi amada por Dona Laire e Coreaú sempre a amou. Firme e decidida, competente, “mão santa”, como alguns a chamavam e é assim que, Coreaú ainda é saudosa de sua afabilidade e do seu trabalho.
Familiares agradecem a homenagem prestada.
Coreaú, 03 de setembro de 2011. 
Por Reginaldo Vilar  Fontenele de Albuquerque

NOSSA HOMENAGEM AO DR. GERARDO CRISTINO FILHO


Neste escrito, sinteticamente, buscarei traçar o perfil desse insigne cidadão, sobralense de raízes palmense, possuidor de acurado grau de intelectualidade e de conhecimento médico e geral.
Dr. Gerardo Cristino Filho nasceu em Sobral, no dia 18 de abril de 1960, dois anos depois que sua família nuclear transferiu-se para a Princesa do Norte. Porém seus pais, Gerardo Cristino de Menezes e Ruth Menezes Cristino, fiéis ao torrão natal, muito cedo, ensinaram-lhe que Coreaú fazia parte da sua geografia familiar, portanto, os habitantes de lá eram, também, gente sua. Daí deriva a atenção dispensada por esse notável esculápio aos coreauenses, quando buscam recursos médicos em Sobral.
Ressalte-se, por oportuno, que essa atenção é uma marca de família. Os seus genitores sempre demonstraram a fraterna disposição para conseguir, junto aos amigos, o atendimento médico necessário aos conterrâneos e familiares que os procuravam na aristocrática Sobral. Assim, os filhos médicos desse casal aprenderam a louvável lição e muito já foi feito, até aqui, pelo povo da feliz terra de Palma.
Destaque-se, também, que o nobre Galeno é detentor de notório saber médico. Além da Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará, exibe, ainda, a seguinte formação acadêmica e titulação: Especialista em Doenças Neurovasculares (Université de Montpellier I, França), Mestre em Neurocirurgia (Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP) e  Doutor em Cirurgia (Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará - UFC).
Exerceu, por algum tempo, os cargos de Presidente da Comissão Científica da Santa Casa de Misericórdia de Sobral e de Diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Atualmente, exerce as funções, a seguir, delineadas: Chefe do Serviço de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral; Coordenador do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Campus de Sobral; Professor Adjunto de Neuroanatomia e Neurocirurgia do Curso de Medicina  da Universidade Federal do Ceará (UFC) – Campus de Sobral; e Professor do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Campus de Sobral.
Os dados constantes dos parágrafos quarto e quinto foram extraídos do seu CURRICULUM VITAE, disponível na internet.

Por Leonardo Pildas

 

NOSSA HOMENAGEM AO DR. FRANCISCO METON MARQUES DE LIMA


DESEMBARGADOR FEDERAL –TRT - 22ª REGIÃO

FRANCISCO METON MARQUES DE LIMA, (VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR DO TRT/PI), DOUTOR EM DIREITO CONSTITUCIONAL PELA UFMG, PROFESSOR DA UFPI E AUTOR DE VÁRIAS OBRAS E ARTIGOS  JURÍDICOS.
NASCEU EM FAMÍLIA HUMILDE NO INTERIOR DO CEARÁ, ENFRENTOU DIFICULDADES PARA ESTUDAR, MAS SE TORNOU JUIZ DO TRABALHO POR CONCURSO PÚBLICO.
LIDEROU A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE LEI QUE CRIOU O TRT-22ª REGIÃO E PRODUZ INTENSAMENTE, SENDO CONSIDERADO HOJE UM DOS MAIORES JURISTAS PIAUIENSES, RECONHECIDO NACIONALMENTE E POSSUI DIVERSAS OBRAS JURÍDICAS PUBLICADAS.

BIOGRAFIA

FRANCISCO METON MARQUES DE LIMA nasceu em Campanário, município de Uruóca, no Estado do Ceará, a 26 de novembro de 1955. Com os pais, Francisco Rodrigues Lima e Maria Auta Conceição Marques Lima, viveu uma vida humilde na simplicidade do campo. Prejudicado pela falta de estrutura, característica da sociedade da zona rural brasileira da época, onde o Estado não atendia às necessidades mínimas de educação, o jovem Francisco recebeu apenas algumas noções básicas de alfabetização. As aulas ocorriam nas casas dos próprios voluntários que ministravam o assunto. Logo os professores, apesar da boa vontade, já não tinham o que ensinar à mente sagaz daquele aluno promissor. Foi com essas rasas noções que ele permaneceu até os 18 anos de idade. Só tendo atingido a maior idade, em 1973, aparece-lhe a primeira oportunidade: um comerciante, o Sr.Chico Vitor, convida-lhe a seguir viagem com destino a Coreaú. Motivado pela “sede de conhecimento”, Meton não titubeou. Chegando lá, ingressou no Grupo Escolar Vilebaldo Aguiar, onde fez todo o curso primário em apenas um ano. Já em 1974, passou ao ginásio municipal Nossa Senhora da Piedade, onde foi preparado para as provas do curso supletivo, do Projeto Minerva. Quem fosse aprovado teria o curso ginasial completo (1º e 2º Ginasial) e ingressaria no segundo grau. Da numerosa turma de Coreaú, apenas três obtiveram êxito, e, é claro, dentre eles figurava o destacado aluno Francisco Meton.
Em 1975, iniciou-se no segundo grau. Permanecia ainda na pequenina e pacata Coreaú, na escola normal. Ali cursou todo o primeiro ano, mas no ano seguinte mudou-se para a Casa do Estudante Secundarista do Ceará (CESC), em Fortaleza. Matriculou-se no Colégio Estadual João Hipólito onde cursou o segundo ano do segundo grau. Como na época o ensino público direcionava ao curso técnico, Meton optou por contabilidade.
Garoto de perspectiva ampla, ele foi cursar seu 3º ano no Colégio Esquema, instituição de ensino particular. Colégio de massas preparava turmas com mais de 80 alunos para o concurso vestibular da Universidade Federal do Ceará (UFC). Vale ressaltar que esta representava a única opção para aqueles alunos, visto que a Universidade de Fortaleza (UNIFOR), instituição particular que é, era inacessível ao poder aquisitivo deles. Além de enfrentar a enorme pressão da concorrência do vestibular, Meton tinha de preocupar-se o que não lhe haviam oferecido seu primeiro e segundo anos (voltados para os cursos normal e técnico), apesar dos estudos autônomos que empreendera em história, geografia, português e até biologia.
O Brasil ainda vivia a ditadura militar e, por conseqüência, havia uma demasiada valorização das ciências ditas exatas, tais como a engenharia. A própria UFC já contava com as engenharias Civil, Elétrica, Mecânica e de Pesca. Meton, portanto, tinha em mente optar por engenharia civil ou elétrica. Contudo, já com a ficha de inscrição em mãos, Meton mudou de idéia ao ver “direito” como a primeira opção da lista. Conduzido por uma sábia intuição, decidiu-se pelas Ciências Jurídicas. Janeiro de 1978, o resultado da UFC é publicado e, para sua própria surpresa, Meton havia sido aprovado em 3º lugar para direito; de 60 questões da área de humanas, acertara 56.

O bacharelado em Direito e a aprovação no concurso

          Agora acadêmico de Direito, Meton mora na Residência dos Estudantes Universitários (REU). Durante os três  anos e meio de curso, foi assistente judiciário em 12 repartições públicas como voluntário (remunerado apenas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS). Trabalhou como revisor do Jornal Tribuna do Ceará, por fim, estagiou no Banco do Estado do Ceará (BEC). Foi assim que ele adquiriu toda a base de conhecimentos práticos sobre a realidade jurídica.

       Em julho de 1981, formou-se bacharel em Ciências Jurídicas. Logo em setembro, recebia sua carteira de registro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em outubro, inscreveu-se no concurso para Juiz Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (Ceará). Já em novembro do mesmo ano, inscreveu-se para o mestrado em direito na UFC.
      É publicado o resultado do concurso em junho de 1982. Meton Marques conquista o primeiro lugar e é nomeado juiz substituto pelo então presidente da República, General João Batista Figueiredo. Cinco anos depois inicia na docência da UFC.Dr. Meton fez de Coreaú a base social e política de seus pais e irmãos. Para cá todos vieram e se estabeleceram, inclusive mantendo-se fiel eleitor de Coreaú até hoje.
     Mudou-se para o Piauí em 1989 e ali criou o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região e sete Varas Federais do Trabalho, bem como o Ministério Público do Trabalho do Piauí, somando ao todo mais de mil cargos públicos  efetivos de altos salários. O TRT do Piauí foi eleito pelo Conselho Nacional de Justiça como um dos melhores tribunais do país. Meton dirigiu a Escola Judicial do TRT de 2006 a 2010, tendo inclusive construído sua sede própria, é titular da Universidade Federal do Piauí, cujo Curso de Direito venceu a todas as Universidades do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste, ficando atrás apenas da UNB, da USP e da UFMG, bem como colaborou na fundação de vários Cursos de Direito no Estado do Piauí.Leciona também no Mestrado da Universidade Autônoma de Lisboa e nas pós-graduações da OAB-PI, da OAB-Amazonas, Universidade Potiguar-RN,CEUT-Teresina, Christus-Ce e outras. Escreveu dez livros, um dos quais já em 13ª edição e três tiragens, o mais lido em direito do trabalho do Brasil. Cursou Mestrado na UFC e doutorado na UFMG. Foi juiz do trabalho no Ceará de 82 a 89, Desembargador Federal do Trabalho do TRT do Maranhão no ano de 1992, quando se efetivou como Desembargador  Federal do Trabalho do Piauí
    Homem culto, fino, polido, adquiriu uma intelectualidade de tal magnitude que seria alçado, por merecimento, à morada dos deuses, ou seja, o Olímpio, onde faria e teria, com justiça, seu domicílio. (José Gerardo Marques, in “Campanário”, Jornal “O Dia”, 14.01.1995).
     Certamente não se pode falar de Francisco Meton Marques de Lima de outra maneira, como se tem conduzido durante toda a vida, a sua grandeza de espírito, sua força de vontade, determinação, sua inteligência e visão, enfim todos os predicados que possibilitam ao homem fugir de uma existência linear e passageira para adentrar à imortalidade credenciam qualquer um a chamar-lhe, a despeito do que sua modéstia gostaria que afirmássemos, grande homem.
Sem dúvida, Coreaú foi o pontapé inicial em sua vida e  onde tudo começou.
Por Maria Leide Marques Lima

HOMENAGEM A PROFESSORA LUZIA MOREIRA LEITE TABOSA

UMA GRANDE EDUCADORA

Luzia Moreira Leite Taboza, nascida na cidade de Marcos em 05 de janeiro de 1949. Aos 05 anos de idade, juntamente com seus pais e 11 irmãos, estabelecem-se em Coreaú. Em pouco tempo, a família estava completamente integrada à comunidade local, sentindo-se parte dela. Ainda muito pequena, Luzia não conheceu outros amigos, se não o povo de Coreaú, e por isso ela se sente como se fosse um deles, muito embora em seu íntimo se sinta um pouco estranha por não ser de fato filha da terra. Com seis anos de idade, ingressou seus estudos em uma pequena escola que funcionava em casa mesmo, passando depois para as Escolas Reunidas, Ginásio Nossa Senhora da Piedade e Escola Normal Nossa Senhora da Piedade. 

Fez o Curso de Letras na Universidade Vale do Acaraú, o Curso de Pedagogia, com especialização em Administração Escolar na Universidade Estadual do Ceará e Pós-Graduação, também na Universidade Vale do Acaraú. Em 1965, ainda muito cedo, cursando a 8ª série do ensino fundamental, inicia sua vida profissional como professora de Religião no Ginásio Nossa Senhora da Piedade. Desempenhava sua vida escolar e profissional com destaque e, assim, continuou sua careira como professora e diretora da Escola do Círculo Operário de Coreaú. Ocupou o cargo de professora, vice-diretora e diretora da Escola Estadual Vilebaldo Aguiar e professora de Didática Geral da  Escola Normal Nossa Senhora da Piedade.
A partir de 1984, Luzia casa-se com Fernando Tabosa e começam a dividir uma vida em comum, tendo eles  duas filhas, Dielle e Samille, a maior alegria e realização de suas vidas. Suas filhas foram a razão dela fundar uma escola. O casal, preocupado em colocar sua filha primogênita no pré-escolar, procurou em toda cidade uma escola que se adequasse à idade dela, mas não a encontrou. Em 1991, Luzia e Fernando estreitam ainda mais sua convivência, pois além de uma vida famíliar, passam a ter os mesmos interesses profissionais: a fundação do CEB Padre José Maria de Aguiar, a qual adotou como patrono o Pe. José Maria, por ter sido um grande contribuidor na educação de Coreaú. A fundação desta escola lhes redeu muito trabalho e preocupação, mas principalmente muitas alegrias, pois suas filhas já tinham um lugar para estudar. Vinte anos depois de iniciar esta caminhada, sentem-se realizados e muito felizes, por terem contribuído um pouco com o desenvolvimento desta cidade, que os acolheu ,dando-lhes a oportunidade de realizarem seus sonhos. 
Por Maria Socorro de Albuquerque Cavalcante

NOSSA HOMENAGEM A DOMINGOS ANASTÁCIO


Domingos Teles Cavalcante, conhecido como Domingos Anastácio ou Domingos da farmácia, nascido aos 7 do mês de julho de1937, no sítio Belém, Alcântaras, estado do Ceará. Filho de Raimundo Nonato Cavalcante e Alzira Teles de Meneses. Quando pequeno, passava alguns tempos com os avós paternos, na Malhada Vermelha e, aos seis anos, ficou morando com eles, Anastácio Teles Cavalcante e Maria Teodora Cavalcante. Foi alfabetizado em casa com professor particular onde aprendeu a ler e a fazer as primeiras contas.
Em junho de 1956, com seu espírito empreendedor de homem responsável, coloca um pequeno comércio de cereais, onde hoje é o comércio do Toinho da Nincinha(Mercado Público).Era fevereiro de 1962, quando Domingos Anastácio associou-se  a  Gerardo Antônio de Albuquerque(Gerardo Barra), compraram a farmácia do senhor João Tiburcio Cavalcante, prédio onde hoje é a sua residência. Em 1964, Domingos Anastácio compra a parte do senhor Gerardo Barra e continua sozinho sua caminhada de dedicação, sabedoria e de trabalho pelo povo de Coreaú, da redondeza e de cidades vizinhas. Em 1966, compra o prédio vizinho a sua casa, propriedade do senhor José Barra, local que até hoje fica a farmácia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Rua Tabelião Angelim, 132.
Lembro-me que, em tempos idos, a farmácia fazia o papel de HOSPITAL: sutura, aplicação de injeções intramuscular e endovenosa, crises convulsivas, retirada de anzol, bicho em feridas, zíper enganchado no pênis de meninos. Isso tudo eu assistia sentada no balcão, admirando a sabedoria e a competência daquele homem que não era só meu pai, mas pai de todos os que ele ajudava a tratar, movido pelos dons que Deus lhe deu. Meu pai contou-me que, muitas vezes, teve que fazer aplicação de injeção nos doentes das fazendas circunvizinhas, indo à noite, de bicicleta.
É casado há 51 anos com Iduina Sônia Albuquerque Cavalcante. Desse enlace matrimonial nasceram oito filhos, três já falecidos e cinco que, com a graça e benção de Deus, vivem ao seu lado, agradecidos por terem um pai maravilhoso. Em fevereiro de 2012, completará 50 anos de farmácia. É um homem autodidata, pois aprendeu o seu ofício através da leitura das bulas dos medicamentos e dos  livros que ele comprava.  Através dos talentos (Mateus 25, 14 – 30), que Deus lhe concedeu, ele soube multiplicá-los, e hoje podemos comemorar e agradecer a Deus toda a conquista adquirida até os dias atuais.

Por Sônia de Fátima Teles Albuquerque

HOMENAGEM A SEU CHICO IRINEU

Seu Chico Irineu, o poeta pistonista

Coreaú perdeu no dia 22 de julho de 2006, um grande representante de sua cultura, o mestre do pistom Chico Irineu.
Seu nome de pia, Francisco Alves Sobrinho, dormitava nos documentos pessoais, mas Chico Irineu, como por todos era conhecido, ou ainda “Tachicó” para os amigos de infância, trafegava pelas estradas da vida, pelas ruas da antiga Palma, hoje Coreaú, conduzindo alegrias com seu pistom, com seu amor à família, com sua afabilidade, com sua fé em Nossa Senhora da Piedade.
Chico Irineu, que nascera em 15 de abril de 1916, era filho de Irineu Carneiro da Frota e de Etelvina Amélia da Conceição. Teve, entre várias graças divinas, o dom da longevidade, porquanto partiu para o plano espiritual aos 90 anos de idade. A família Irineu é rica em espiritualidade, simplicidade. E Chico Irineu era um cidadão humilde, respeitoso, probo. Para ilustrar isso, vejam-se esses versos do Benevides Machado de Carvalho: “Sendo pai exemplar/Trabalhador e honesto/Na vida soube trilhar/Como cidadão honesto”.
No livro “História de Coreaú — (1702-2002)”, de autoria de Leonardo Pildas, pp. 412/413, na parte concernente à cultura, há registros de Chico Irineu como componente das Bandas de Música “Eutarpe Sertaneja” e “Banda Municipal”, desde os anos de 1937 a começo de 1980, respectivamente. Casou-se no ano de 1947 com Raimunda Gomes Ximenes (dona Mundoca), com quem teve extensa prole. São ao todo, 11 filhos.
Não há dúvida de que seu Chico Irineu deixou seu nome gravado na memória do povo de Coreaú como um exemplo para muitos e, sobretudo, para seus descendentes, não só de um valoroso ser humano, mas também, de um mestre na arte de tocar pistom, sendo, por isso, patrimônio de nossa cultura.
Conclui-se, destarte, que seu Chico Irineu merece ser lembrado, recebendo, nesta semana, da equipe do Blog do Professor Romildo Moura, o TROFÉU BLOG RM NO FOCO.
Coreaú-CE, 30 de julho de 2011.

Fernando Machado Albuquerque
Professor e Técnico Judiciário

  

NOSSA HOMENAGEM AO ILUSTRE PROFESSOR AGUIAR

Raimundo Nonato de Aguiar, o professor Aguiar, popularmente conhecido como “Parentim”, tem toda uma vida dedicada à causa da educação coreauense. Tendo sido admitido na rede estadual de ensino, alfabetizou com maestria muitos estudantes que hoje são doutores, professores, advogados. Seu trabalho na área da educação desenvolveu-se de forma brilhante tanto como professor quanto em cargos de gestão educacional, uma vez que o professor Aguiar já foi diretor da Escola Coração de Jesus em Aroeiras, diretor da Escola Vilebaldo Aguiar (de 1993 a 1995), em Coreaú-CE, tendo também exercido o cargo de Coordenador de Gestão e Coordenador Pedagógico na Escola Flora de Queiroz Teles.
Coreauense nato, filho do Sr. Antonio Alves de Aguiar (seu Totonho Aguiar) e de dona Maria Vasconcelos de Aguiar,  tendo nascido aos três dias do mês de dezembro de 1946, casou-se com Francisca das Chagas Carvalho de Aguiar, conhecida como dona Neném, e dessa união nasceram quatro filhos e três netos. Já assumiu o cargo de vereador por dois  meses  pois  estava na suplência do cargo. Católico, defensor árduo dos seus ideais, é membro cativo da Irmandade do Santíssimo Sacramento e participa assiduamente das missas e de outros eventos de cunho religioso promovidos pela sua Igreja, a exemplo do “Terço dos Homens”. Uma vez admitido como professor da rede estadual de ensino, exerceu assiduamente suas atividades ao longo de trinta anos muito bem dedicados à educação pública coreauense. Dedicou-se ativamente às duas Escolas da rede estadual sediadas em Coreaú, a Escola Vilebaldo Aguiar e Flora de Queiroz Teles. Uma das práticas do professor Aguiar e que o mesmo manteve durante os anos de sua gestão educacional em ambas as escolas, era o canto do Hino Nacional no inicio de cada turno, com o intuito de fomentar o sentimento cívico e patrióticos nos alunos.
Por todas estas razões o Blog RM no Foco tem a honra de conceder-lhe o troféu RM no Foco, pelo seu valoroso trabalho em prol da educação coreauense!
Por  Anatália Carvalho

 

NOSSA HOMENAGEM A SEU CHIQUINHO DO SANTO


Francisco Lima Ximenes, ou Chico do Santo, como era conhecido por todos, nasceu aos 06 dias do mês de setembro de 1915 e faleceu no dia 30 de julho de 2005.  Comerciante nato, como era, conseguiu se destacar com sua loja de tecidos, “CASA BLANCA”, onde funciona hoje o Comercial Antônio Raimundo. Lá empregou vários funcionário que, hoje, se destacam entre os maiores empresários de nossa cidade.Uns moram fora e outros ainda na velha Palma, sendo grandes empreendedores como aprenderam um dia a ser com o velho Sr.Chiquinho do Santo. Suas grandes compras no estado de Pernambuco, naquela época, mais exatamente, na cidade de Recife, onde ele procurava e trazia os seus produtos de melhor qualidade, para alimentar sua demanda que era enorme naqueles tempos.
Muito cedo ficou viúvo. Começava ai a sua luta sem a eterna companheira, minha avó, que, infelizmente, não tive o prazer de chegar a conhecê-la. Sua relação com a sociedade da Palma era das melhores possíveis, sendo muito bem lembrado pelo povo em uma campanha eleitoral na década de 50, quando foi votado por mais de 300 pessoas, e devido à divisão de votos para alguns deputados, foi perseguido e teve seus votos anulados naquele tempo, mas isso só foi uma prova de que o povo lhe via com bons olhos.
Era um verdadeiro adepto à informação de qualidade. Queria sempre ficar bem informado, não importa o dia nem à hora. Para ele o seu horário de descanso se transformava em seu maior hobby, que era ler os seus jornais, de tal forma que sua coleção já tinha mais de 10 MIL EXEMPLARES.
Um homem que, de certa forma, fez sua história com dignidade e compromisso, enquanto por aqui esteve. Um cidadão que sabia como ninguém, substituir pessoas quase insubstituíveis e ainda conseguir exercer um excelente papel de Pai e Avô, como foi o meu caso.
Às vezes, um pouco durão no seu modo de falar, um pouco teimoso, como costumava ser, mas suas qualidades eram tantas que chegavam a anular os seus pequenos defeitos.
Que Deus o tenha lá no céu, meu querido Vô! Sempre aprendi muito com o senhor e sei que as poucas coisas que tenho hoje foram por você.

SAUDADES ETERNAS!
Chiquinho Neto.

 

NOSSA HOMENAGEM VAI PARA ANTONIO MACHADO DE ALBUQUERQUE

Antonio Machado de Albuquerque, nascido em 10 de janeiro de 1943, é um dos mais antigos comerciantes de Coreaú. Natural de Sobral, tendo nascido na Fazenda Malacof, distrito de Pedra de Fogo. Teve que conviver muito cedo com a rotina do trabalho que sua família possuía. Isto deveu-se ao fato de ter perdido seu pai aos três anos de idade e a partir daí sua mãe exerceu a função de chefe do lar, repassando conhecimentos da agricultura e comercialização de alimento, além das virtudes que todo cidadão deva possuir. O pontapé inicial para o ramo de comércio deveu-se também a seu tio e sogro, Francisco Machado de Albuquerque (conhecido como Doda Machado), passando a ser ajudante deste durante muitos anos. Em seguida, este montou uma “budega” para seu filho Francisco Nonato de Albuquerque, juntamente com o Machadim, assim popularmente conhecido. A parceria não teve êxito  e ocorreu a divisão do comércio, onde cada um foi para seu lado, abrindo seu próprio negócio.  Casa-se com a filha caçula do seu tio, Gerarda  Francisca de Albuquerque, donde teve três filhos: Gean César de Albuquerque, Geandre Francisco de Albuquerque, Geanio Antonio de Albuquerque e a filha adotiva Cleide Arruda de Oliveira. Todos os seus filhos, desde cedo aprenderam os ensinamentos do comércio e a importância do trabalho na formação cidadã de um homem como pessoa e também como profissional.
Há mais de 40 anos, Machadim dedica-se ao  comércio. Hoje, aos 68 anos de idade, ainda continua na ativa, cuidando do seu comercio na cidade de Coreaú. Tem como passatempo trabalhar, braçalmente, nas suas máquinas moageiras de milho, arroz e outros gêneros. Mesmo possuindo apenas 25% da sua visão, vitimada de uma diabete, pode-se dizer que, apesar de   não ter formação nas universitária, possui doutorado na formação da vida, por tratar-se de uma pessoa do bem, pai de família e com bastante conhecimento em técnica de comercialização e negociação. Possui um comércio de gênero alimentício, que vende também ferramentas e utensílios para o homem sertanejo; uma loja de perfumaria e artigos para presentes e uma peladeira de grãos de moer milho, pilar  arroz e descascar feijão.
Vale ressaltar que seus filhos desde cedo aprenderam as técnicas de comercialização e as  passarão à próxima geração vindoura da família. Tem o prazer em dizer que seus filhos são graduados: Gean( Enfermeiro e Especialista em Acumputura); Geandre ou “Manin” (Graduado em Tecnologia da Construção Civil, Regime Especial em Letras e Pós Graduado Gestão Escolar); Geanio Antonio de Albuquerque (Administrador de Empresas, Especialista em Gestão de Pessoas e acadêmico do curso de Direito- UVA) e Cleide Arruda de Oliveira (acadêmica do Curso de Administração de Empresas). Queremos ressaltar o papel da sua grande companheira de vida, sua esposa na sua formação de comerciante e na formação dos seus filhos. Quem quiser encontrá-lo basta fazer uma visitinha ao famoso comércio do Machadim, situado no mesmo lugar de sempre, início do  “ Rabo da Gata”.

Texto: Geanio Antonio de Albuquerque

 

NOSSA HOMENAGEM À DONA MARIA CAPOEIRA

É com grande satisfação que o blog concede o Troféu RM no Foco à Maria de Souza, conhecida por Dona Maria Capoeira, ou Dona Maria Rezadeira. Dona Maria, além de ser uma figura simples e honrada, é também amável, simpática e querida por aqueles que fazem o seu circulo de amizade. Nasceu no dia 29 de junho de 1923, na localidade do Mucambo dos Rodrigues, em Coreaú. Aos dez anos de idade, iniciou o ofício de rezadeira, e ainda hoje faz suas orações no intuito de curar diversos males: quebranto, carne rasgada, entrosada, espinhela caída, engasgo, entre outros. Herdou o costume de rezar nas pessoas, segundo afirmou ao RM no Foco, de Dona Bárbara Vitalina e de Dona Rita Nogueira de Lima. Um fato curioso que muitos desconhecem é o porquê do seu cognome CAPOEIRA. Segundo consta, o pai do senhor Al exandre Rodrigues da Silva, seu falecido esposo( de feliz memória), não tinha o hábito de brocar nem fazer roçado, como é o costume do sertanejo, plantava somente em CAPOEIRAS. Daí Dona Maria passou a ser chamada de Maria Capoeira, por ser casada com o popular Alexandre Capoeira.
Dona Maria, nós que fazemos este blog, sentimos um orgulho imenso em lhe conceder este troféu. A senhora muito representa ao povo de nossa querida Coreaú, em especial, às mães que, em momentos de aflição, buscam alento às crianças nas suas benditas palavras, nas suas orações, calcadas na fé em Deus e nos santos que a senhora tem devoção. Portanto, sua digníssima pessoa já faz parte de nossa história e sua trajetória de vida está associada à religiosidade, inclusive é membro da Irmandade do Coração de Jesus da Igreja de Nossa Senhora da Piedade. Por este e por outros motivos sinta-se agraciada e abraçada nesta TRIBUBA PALMENSE!!
Texto  Professor Davi

 

NOSSA HOMENAGEM AO ESCRITOR E MEMORIALISTA LEONARDO PILDAS

Nascido em 17 de junho de 1948, em Coreaú, LEONARDO PILDAS DE MENEZES CAVALCANTE é filho de Pedro Cristino de Menezes e de Ana Cavalcante de Menezes (dona Anisete).
                        Quem conhece de perto o profícuo trabalho realizado por PILDAS em prol da sociedade coreauense, em especial o concernente ao resgate de nossa memória e de nossa história, tem-no como um ente proficiente, dotado, ainda, de um probo caráter e de uma reputação invejável, porquanto goza de profunda credibilidade ante seus semelhantes. É autor de vários livros, entretanto é com “História de Coreaú (1702-2002)”, que PILDAS traduz todo o seu sincero amor ao torrão natal, ao desmistificar nosso passado, trazendo a lume fatos que marcaram a antiga Palma ao longo desses 300 anos pretéritos passados.

                        Por essas e outras grandes razões, LEONARDO PILDAS é agraciado com o TROFÉU BLOG RM NO FOCO.
                        Coreaú-CE, 23 de junho de 2011.

FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor

 

NOSSA HOMENAGEM À MARIA BERNADETE SILVA



Aos 29 dias do mês de março do ano de 1959, na cidade de Massapê, nascia Maria Bernadete Silva. Filha de Raimundo Martins da Silva e Maria de Lourdes Gomes Silva. É a 6ª filha de doze irmãos. Coincidentemente, sua avó materna, Bernardina Sousa Aguiar, é natural da cidade de Coreaú. Filha de pessoas simples, humildes e trabalhadoras. Bernadete teve uma infância normal como qualquer criança, porém, destacava-se na família pela grande determinação em seus objetivos e sua personalidade forte, mesmo sendo apenas uma criança.
Em sua jornada estudantil, iniciou seu aprendizado na escola pública Wilebaldo Aguiar, na cidade de Massapé, onde cursou até o 4º ano primário, hoje conhecido como Ensino Fundamental I. Em seguida, cursou o Ensino Fundamental II e o Ensino Médio, ou seja, do antigo 5º ano primário até o 3º científico, no Centro Educacional Massapêense-CNEC, colégio particular de grande respaldo na cidade. Lá, destacou-se como uma boa aluna por ostentar notas muito satisfatórias, além de apresentar um bom comportamento e mostrar-se sempre presente e engajada em movimento e atividades promovidas.Sempre teve grande representatividade em seu ambiente estudantil, participou de Grêmios Estudantis, entre outros.
No campo católico, participava de praticamente todos os movimentos da Igreja. Fez parte do Grupo de Liturgia, da Pastoral da Criança, foi Catequista e atuava no Grupo de Jovens.
No ano de 1981, após concluir o Ensino Médio, prestou vestibular para Enfermagem, na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, onde foi aprovada logo na primeira vez. Destaca-se que bem antes dessas primeiras conquistas, o trabalho na vida de Bernadete iniciou bastante cedo. Aos 13 anos de idade, começou a trabalhar no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Massapé, como estagiária bolsista, em seguida fez um Curso de Secretária Executiva, o que possibilitou ampliar o seu tempo de trabalho na referida instituição até que conseguisse concluir o Curso de Enfermagem.
Aos 16 anos. ficou órfã de mãe e teve que cuidar de seus irmãos menores. Trabalhava muito, pois precisava pagar os estudos e ajudar na renda familiar. Porém, a dor da perda e as dificuldades do dia-a-dia não barraram os caminhos que haviam de ser trilhados por ela.
Ao concluir a Universidade, Bernadete ganhou, segundo ela própria, o melhor presente que uma mulher pode receber na vida: a dádiva de ser mãe. Criou seu filho Uriel com dificuldades, porém nunca deixou que nada faltasse a ele e sempre lhe disponibilizou o que uma mãe pode dar de melhor a um filho: carinho e educação a fim de torná-lo um homem de bem.
Retornando à vida profissional, a carreira de Bernadete como enfermeira, teve início em Massapé, no Hospital Ana Paulino de Aguiar, onde trabalhou durante 03 anos, como enfermeira e, posteriormente, como Diretora. Depois atuou como Secretária de Saúde e também passou pelo Centro de Saúde de Massapê.
No dia 20 de Janeiro de 1990, veio para Coreaú, após solicitar demissão do emprego em Massapê, em busca de ascensão profissional e melhores expectativas financeiras. Aqui, Bernadete iniciou uma nova jornada de trabalho, anseios, lutas e vitórias. Começou a trabalhar no município como enfermeira no Hospital Municipal Dr. Fernando Teles Camilo. Em seguida, foi nomeada Secretária de Saúde por 03 gestões consecutivas. Foi Diretora do Centro de Saúde por 04 anos e, recentemente, atuou como Diretora Administrativa do Hospital Dr. Fernando Teles Camilo.
Durante todo esse período, realizou esforços imensuráveis para trazer benefícios para a área da saúde em Coreaú. O primeiro desses embates foi uma batalha travada na Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, a fim de trazer para o município uma Capacitação para Agentes Comunitários de Saúde. Nisso, conseguiu 52 vagas, sendo 35, na 1ª etapa, e 17 em outro momento. A finalidade da capacitação era combater a alta taxa de mortalidade infantil que o município apresentava naquela época.
Em seguida, Bernadete buscou recursos para o hospital, pois o mesmo não possuía renda própria e era mantido apenas com recursos da Prefeitura. Para tanto, conseguiu através da Secretaria de Saúde do Estado a implantação dos programas de A.I.H. (Autorização Para Internação Hospitalar), o S.I.A. (Sistema de Informação Ambulatorial) e o P.A.B. (Plano de Assistência Básica). Desde então, os referidos Programas ajudam a subsidiar as despesas do Hospital, melhorando a qualidade de vida do mesmo e amenizando os custos municipais.
Dando prosseguimento a sua jornada, Bernadete atuou como Conselheira Municipal de Saúde e posteriormente como Presidente do Conselho de Saúde durante dois períodos. Fez também capacitação para Conselheiros de Saúde.
Suas conquistas ainda não pararam por aí. Através de reuniões na Diretoria Regional de Sobral, hoje 11ª CRES, tomou conhecimento da disponibilidade de recursos financeiros estaduais oriundos do KFW (Banco Alemão) para a construção, reforma e ampliação de Unidades de Saúde Pública. Após muitos esforços, diversas viagens à Fortaleza de ônibus durante a madrugada e principalmente com muita perseverança, Bernadete conseguiu trazer uma equipe do KFW à Coreaú para que pudesse conhecer a realidade do município. E dessa forma, o recurso nos foi concedido e Coreaú ganhou a reforma e a ampliação do Centro de Saúde Dr. Manoel Carneiro de França e das Unidades Básicas de Saúde de Aroeiras, Araquém e Ubaúna, além de todo o equipamento e treinamento para a melhoria da qualidade dos serviços de Saúde.
Essas atitudes foram os pontapés iniciais dados em busca de uma melhor qualidade de vida para a população coreauense. Bernadete sempre foi motivada pelo desejo de ver Coreaú crescer no atendimento na área da saúde. Suas incessantes buscas e conquistas por melhoria continuaram com muita luta e insistência. Realizou treinamentos em Fortaleza, conseguiu três cursos de Auxiliar de Enfermagem e um Curso de Técnico de Enfermagem para Coreaú, nos quais foi instrutora através da Escola de Saúde Publica do Estado do Ceará, promovido pelo PROFAE/CE. Trouxe também um Curso de Auxiliar de Enfermagem para Moraújo. Tais atitudes vieram melhorar o mercado de trabalho na área de saúde em nossa região, pois nos mesmos foram formados 132 profissionais entre sede e distritos de Coreaú e no Município de Moraújo.
Enquanto trabalhava, também se dedicava aos estudos para o aperfeiçoamento de suas funções na área da Saúde. Após sua formatura, fez três especializações, ou seja, pós-graduações, especificamente em Obstetrícia, Educação na Área de Saúde e Enfermagem (o que lhe concede o direito de lecionar no curso de enfermagem) e Especialização na Área de Gestão Hospitalar (o que lhe capacitou prontamente a dirigir uma Unidade Hospitalar) conforme a lei.
Passou por vários mandatos de diferentes gestores, entre eles o saudoso Sr. Francisco Cristino Moreira, o Sr. Francisco Antonio Cristino Meneses, o saudoso Sr. Luiz Carneiro de Albuquerque, o saudoso Sr. Bernardone Teles Pinto, Sr. Adison Albuquerque (popular Dr. Dílson) e atualmente o nosso EXMO.SR. Prefeito Carlos Roner Félix de Albuquerque, aos quais a mesma só tem a agradecer.Em oração pelos que faleceram, e aos que aqui se encontram nosso reconhecimento e gratidão pelos serviços prestados à população coreauense.
Ao todo, somam-se 23 anos de dedicação e carinho pelo povo de Coreaú. E sem sombra de dúvida o amor à profissão lhe permitiria fazer tudo novamente, conforme Deus venha a permitir. Por tudo isso é que, merecida mente, Bernadete fez jus para receber o título de CIDADÃ COREAUENSE.
Vieram ao mundo pelo poder de Deus e com o auxílio das mãos de Bernadete, cerca de 1050 crianças no decorrer desses anos tão maravilhosos, agraciados e bem vividos de muito amor à profissão, carinho pelo próximo e paixão pela saúde.


Uriel Backson Silva Ferreira
Coreaú, 16 de Junho de 2011.

 

NOSSA HOMENAGEM AO SEU UBIRAJARA (IN MEMORIAN)


O blog RM no Foco tem a honra de conceder ao saudoso e ilustre Raimundo Ubirajara Angelim o TROFÉU RM NO FOCO. Seu Ubirajara foi Tabelião e Oficial do Registro Civil do Primeiro Ofício do Cartório Ubirajara Angelim, tendo exercido o tabelionato de 1940 a 1964. Foi também escrivão eleitoral da sede da Comarca de Coreaú durante muitos anos. Quando em vida, foi homem de personalidade ilibada, figura de respeito e de destaque na nossa Palma, munido, inclusive, de muita experiência, o que lhe fez um “doutor sem diploma”. Nós que fazemos esta tribuna palmense reconhecemos o valor que esta nobre figura representou e ainda representa na nossa cidade. Seu Ubirajara nasceu no dia 19 de julho de 1913 e faleceu em 27 de junho de 1995.

 

NOSSA HOMENAGEM AO PROFESSOR RAIMUNDO PARENTE

É com grande satisfação que o Blog RM no Foco concede o troféu ao professor Raimundo Parente de Albuquerque. O povo de Coreaú reconhece o brilhante trabalho que este entusiasta prestou à educação palmense, sobretudo, ao colégio Ginásio Municipal Nossa Senhora da Piedade. Raimundo Parente esteve à frente desta tradicional escola, desde o processo de municipalização (“encampado pelo município através da Lei Municipal nº 97, sancionada pelo prefeito Vicente Benício de Vasconcelos”, conforme acha registrado na obra História de Coreaú, de Leonardo Pildas)  até 23 de novembro de 1982. Parabéns nobre professor! Muitos homens e mulheres coreauenses que despontaram no “palco da vida” lhe devem esta justa homenagem!!


O blog tem a honra de conceder ao ilustre filho da Palma, Dom Benedito, o troféu RM no Foco. Dom Benedito, além de ter sido nosso pároco, é o nosso timoneiro da educação. É o fundador do Educandário Nossa Senhora da Piedade, atualmente Ginásio Municipal, uma escola que gestou muitos filhos ilustres em diversos campos do conhecimento humano. Parabéns, nobre Dom Benedito, o senhor contribui muito para o engrandecimento do nosso povo e pelo sucesso da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade. “Por provisão de Dom José, datada de 5 de janeiro de 1954, foi nomeado Vigário Ecônomo de Coreaú, permaneceu no cargo até 28 de fevereiro de 1964. Sua posse realizou-se no dia 6 de janeiro de 1954, em meio a uma grande solenidade.” (Leonado pIldas, in História de Coreaú – 1702-2002).
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