Oito anos depois de Plutão ser considerado um planeta anão, a
Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU), o Centro
Harvard-Smithsonian voltou a abrir o debate sobre o seu status. Para
isso, convidou três especialistas com opiniões diferentes. No final das
conferências, um público votou a favor do retorno do antigo nono planeta
do Sistema Solar a essa condição.
O historiador cientista Owen
Gingerich, que presidiu o comitê de definição de planetas da Assembleia
Geral da União Astronômica Internacional (IAU), defendeu o status de
Plutão como planeta de um ponto de vista histórico e argumentou que "um
planeta é uma palavra culturalmente definida que muda com o tempo".
Gingerich
considera que a IAU fez um "abuso da linguagem" ao tentar definir a
palavra planeta e que, por isso, não devia ter expulsado Plutão.
O
ponto de vista contrário foi defendido pelo diretor associado do Centro
de Planetas Menores, Gareth Williams, que apoiou a exclusão de Plutão e
definiu os planetas como "corpos esféricos que orbitam ao redor do sol e
que limparam seu caminho", ou seja, que tiraram sua órbita de outros
astros.
Por sua vez, o diretor da Iniciativa Origens da Vida de
Harvard, Dimitar Sasselov, argumentou que um planeta é "a massa menor
esférica da matéria que se forma ao redor das estrelas ou restos
estelares", o que, segundo sua opinião, devolve Plutão ao clube
planetário.
Desde seu descobrimento, em 1930, pelo americano Clyde
Tombaugh, Plutão foi objeto de disputas, sobretudo devido a seu
tamanho, muito menor que o da Terra, e inclusive que o da Lua.
D24am
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