A presidente Dilma Rousseff qualificou nesta sexta-feira de
'fascistas' os atos de vandalismo que têm ocorrido com frequência nas
manifestações dos últimos meses em cidades de todo o país.
'Devemos
repudiar integralmente o uso da violência, e mais, o fato que o uso
dela se dá tampando a face das pessoas. Destroem patrimônio público e
privado, provocam ferimentos, machucam e mostram não a civilidade da
democracia, mas a barbárie', disse Dilma em entrevista a rádios da
capital baiana, onde foi inaugurar a Via Expressa Baía de Todos os
Santos, que liga a BR-324 a Salvador.
Segundo ela, as autoridades
devem 'coibir' esses protestos e quem participa deles, os que 'não são
democráticos' e que, ao causar danos, 'não fazem uso de seu direito de
manifestação'.
'Temos que responsabilizar para não deixar que a
democracia no Brasil se confunda com este tipo de ação violenta e
bárbara', disse Dilma, que imediatamente acrescentou o adjetivo
'fascista'.
Na quinta-feira, o governo federal assinou um acordo
com as polícias militares de São Paulo e do Rio de Janeiro para criar
uma equipe de inteligência destinada a combater os manifestantes
violentos.
A maioria dos atos de vandalismo, como a destruição de
mobiliário público, ataques a agências bancárias e destruição de ônibus,
estão sendo cometidas por grupos que se identificam como anarquistas e
que são conhecidos por usar as táticas de manifestação de 'black block'.
O
'black block' é uma estratégia que se caracteriza pelo uso de roupas
pretas e máscaras nas manifestações para evitar que a polícia
identifique seus participantes. A tática surgiu há três décadas na
Europa e foi amplamente usada por grupos antiglobalização e começou no
Brasil com a explosão dos protestos, em junho.
Fonte: Notícias MSN