O Ministério da Educação (MEC) quer criar mecanismos para reduzir o
índice e abstenção no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que
registrou a ausência de cerca de 2 milhões de candidatos no último fim
de semana. Estão em estudo duas medidas: cobrar taxa em dobro ou
extinguir a isenção em edições futuras do Enem de quem se inscrever e
faltar sem justificativa; e abrir um prazo para que candidatos cancelem a
inscrição dias antes da impressão das provas, em julho, quase quatro
meses antes do teste.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep), órgão do ministério responsável pelo Enem, estima
que o não comparecimento de 2 milhões de inscritos neste ano pode ter
causado um prejuízo de até R$ 60 milhões, em despesas como a impressão
de provas que não foram utilizadas e a contratação de fiscais e pessoal
de apoio em número acima do necessário.
O presidente do Inep,
Luiz Claudio Costa, explica que a ideia de cobrar taxa de inscrição em
dobro ou acabar com a isenção em edições futuras para quem faltar sem
justificativa depende de lei aprovada no Congresso.
Hoje a taxa é
de R$ 35. São isentos os alunos de escolas públicas matriculados no 3º
ano do ensino médio e quem apresenta declaração de carência
socioeconômica.
Dos 7,17 milhões de inscritos neste ano, apenas
1,9 milhão pagaram a taxa, ainda assim, com valor subsidiado, já que o
custo de realização do exame é de R$ 49,86 por inscrito.
Caso a
medida punitiva já estivesse em vigor, pagantes que faltaram ao exame
teriam que desembolsar R$ 70 para fazer o próximo Enem, em 2014. Da
mesma forma, candidatos isentos perderiam o benefício, tendo que pagar
R$ 35 numa próxima edição.
Fonte: d24am