Dilma
está ciente do descontentamento do PMDB de Estados como o Ceará e o Rio
de Janeiro com a letargia do PT para definir os palanques estaduais, e,
principalmente, é sabedora de que esses diretórios têm peso suficiente
para ameaçar o apoio do PMDB à sua reeleição.
Por causa disso, a presidente agendou reunião individual com o
senador Eunício Oliveira e com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio
Cabral, em sua residência oficial, no Palácio da Alvorada.
A conversa, que visa “aparar as arestas” entre os partidos e acertar
as questões pré-eleitorais que estão ameaçando a aliança, foi sugerida
pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB), principal intermediador da
crise.
A ideia do vice de Dilma é que a presidente se debruce sobre as
questões de cada Estado separadamente, se envolvendo diretamente na
solução de cada problema.
Temer também recrutou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para “cair em campo” nessa “política de redução de danos”.
As conversas com os líderes partidários ocorrerão nas próximas três
semanas. Em breve, Dilma também deve se encontrar com o senador
paraibano Vital do Rêgo, a quem os peemedebistas queriam indicar para a
vaga de Fernando Bezerra no comando do ministério da Integração
Nacional.
Vital perdeu o páreo para o engenheiro cearense Francisco Teixeira,
aliado de Cid Gomes, o que acirrou, ainda mais, o desentendimento entre
os partidos.
Do Ceará News