O frisson causado pela decisão do governador Cid Gomes (PSB) de
exonerar oito secretários na última sexta-feira surge como aperitivo de
um mês que poderá reconfigurar o cenário político no Ceará. Setembro
marca o início das movimentações de aspirantes a deputado, senador e
governador que, de olho na disputa de 2014, precisam definir seus rumos
nos partidos. Segundo a legislação eleitoral, o próximo 5 de outubro é o
último dia para quem quiser trocar de legenda. É hora de calcular
riscos e tomar decisões, mesmo sob a nuvem de incertezas que ainda paira
sobre o panorama pré-eleitoral no País.
Parte dos
secretários retirados por Cid – Camilo Santana (PT), Gony Arruda (PSD),
Mauro Filho (PSB) e Francisco Pinheiro (PT) – volta para a Assembleia
Legislativa, de onde estavam licenciados, modificando o desenho das
bancadas. Não bastasse isso, outros parlamentares, insatisfeitos com
suas legendas ou preocupados com a difícil expectativa de vitória no ano
que vem admitem trocar de sigla. O PSDB, por exemplo, corre o risco de
ficar sem representação na Casa, diante da difícil situação dos
parlamentares tucanos.
As mudanças serão influenciadas pela
situação de personagens estratégicos para o pleito de 2014 – o que
aumenta o grau de complexidade do jogo, já que ainda há mais dúvidas do
que certezas. Afinal, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB),
disputará mesmo a Presidência da República? No Ceará, Cid cumprirá a
promessa de se manter no PSB? O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB)
voltará a disputar mandato? E qual será a posição da ex-prefeita de
Fortaleza, Luizianne Lins (PT)?
Fonte: O Povo Online