O povoado de Santo Antônio de Pádua do Olho d’Água
do Coreaú, que tem como datas referenciais os anos de 1726 (doação do terreno
para construção de sua capela), 1742 (inauguração da dita capela), 1757
(oficialização desta capela como Matriz interina do Curato da Ribeira do
Coreaú), 1884 (elevação ao predicamento de Distrito de Paz), e 1938 (designação
de nova toponímia: Araquém), é possuidor de uma história rica de feitos e fatos
que honra o território municipal de Coreaú (vide História de Coreaú, p. 49-51 e
285).
A coragem e a bravura dos portugueses Domingos
Álvares Ribeiro, Bento Pereira Viana, Mateus José de Sousa e João da Mota
Pereira, fundadores desse nobre distrito, refulgem, agora, no nível cultural da
juventude hodierna, que manifesta um invejável grau de conhecimento, uma
notável capacidade de análise situacional e, sobretudo, senso crítico aliado ao
uso coerente da razão.
Isto não veio por acaso... É fruto de um trabalho
sério de jovens idealistas, altamente comprometidos com a educação de sua gente
e, mais ainda, compromissados com a transformação da realidade social do
distrito de Araquém e, por extensão, do município e cidade de Coreaú.
Todo barco que singra o mar revolto e vence a grande
batalha é comandado por um experiente e vibrante timoneiro. Com base neste
pressuposto, posso afirmar, com acentuada margem de certeza, que o sucesso da mocidade
estudantil de Araquém tem como homem do leme, um cidadão de longo curso,
chamado professor José Maria de Lima, que, sem alarde, impulsiona o entusiasmo dos
moços araquenhense. Tornando, assim, mais autêntico o seu valioso trabalho. O
sol se esconde para que a lua e as estrelas brilhem. As luzes da ribalta e o
aplauso da plateia são destinados aos atores e atrizes, jamais ao diretor da
peça.
Em conversa com o titular da Cadeira nº 3,
da Academia Palmense de Letras - APL, Benedito Gomes Rodrigues (Ditim), fiquei
sabendo da existência da AEDI - Associação para Educação e Desenvolvimento
Integrado, que congrega boa parte dos jovens estudantes de Araquém. Esta
entidade, atualmente, presidida pela universitária Gleiciane
Albuquerque, desde o seu limiar até a presente data é acompanhada e estimulada
pelo ínclito professor José Maria de Lima, que tem ajudado a moçada do aludido distrito
a cantar, com mais garbo, este verso do hino do estudante cearense: “Ideal grandioso e puro ilumina o nosso
afã...”.
Parabéns, nobre mestre! Esta homenagem é para o esforçado
preletor que busca ampliar o horizonte de seus discípulos, mantendo-se na
sacada, envolto na prudência dos cautos. Continue sendo fermento no meio dessa
valorosa gente que engrandece Araquém e Coreaú.
Fortaleza, 11 de novembro de 2012
Leonardo Pildas