Aquiles o imortal
guerreiro grego diante de um grande dilema na sua vida de ir ou não à Troia
lutar contra os troianos para satisfazer o capricho do rei Agamenon. Enfim, foi buscar orientação com sua mãe sacerdotisa.
Foram dadas duas opções ao guerreiro: 1 – Se permanecesse na ilha, formaria uma
grande família e os seus descendentes se multiplicariam, mas sua existência se
perderia ao longo do tempo. 2 – Se fosse para o campo de batalha sua gloria de
bravura jamais seria esquecida, porém não mais retonaria ao solo sagrado da
Grécia. Como é de conhecimento de todos optou pela glória conquistada nos
campos de batalha.
Quantos “Aquiles”
existem hoje? Pela “ganância do ter” se é capaz de subir ao topo da montanha
somente para enxergar do alto e ver a massa a seus pés! Não importa os ombros que
pisou para alcançar o seu objetivo, ou seja, os fins justificam os meios.
Os que começam pela
chegada, jamais vão sentir o sabor da vitória. Luta tem que ser conquistada passo
a passo, respeitando o outro. Somente assim o sabor da vitória será glorificado,
pondo o vencedor no ponto mais alto do Olimpo.
Sei que a vida do TER de hoje nos leva a optar pela segunda
opção de Aquiles. Com isso, afogamos, no mar na ilusão, tudo de bom que temos.
Não é fácil SER, pois as nossas
inspirações nos levam a caminhos tortuosos e sombrios. SER é melhor do que TER.
Temos que ter coragem para não nos levarmos pela glória. A Glória não
glorificada.
Carlos Teles