Henri Frederic Amiel, num de seus escritos, cunhou esta sentença: “Cada vida faz o seu destino”. Tem razão o filósofo suíço, o ser humano é responsável por suas escolhas, decisões e atitudes. Elas dão o rumo, o tom e o compasso do seu viver.
Com certeza, o José Irineu fez as suas escolhas e decidiu sua linha de ação, sedimentando muitas atitudes que garantiram sua octogenária caminhada existencial.
Neste contexto, destacamos três importantes escolhas do seu repertório vivencial: fazer da Palma o cenário de sua vida terrena, profissionalizar-se como barbeiro e casar-se com uma palmense. No curso do tempo, estas escolhas ocasionaram diversas decisões e atitudes que fazem parte de sua história pessoal.
José Carneiro da Frota, o popular Zé Irineu, nasceu no dia 16 de agosto de 1930, na então vila da Palma, atual Coreaú. Casou-se com Maria do Socorro de Souza. Juntos constituíram uma grande prole: Francisco Juscelino Carneiro da Frota, Maria Jaqueline Frota, Joselito Carneiro da Frota (Romão), Francisco Américo Carneiro da Frota, Antônio Juscênio Carneiro da Frota e Rivelino Carneiro de Souza.
Com o fito de relembrar duas grandes conquistas dessa figura ímpar, ocorridas em 2010, transcrevo, aqui, o artigo abaixo, escrito por mim e publicado no RM no Foco, edição de 09/10/2010:
Com certeza, o José Irineu fez as suas escolhas e decidiu sua linha de ação, sedimentando muitas atitudes que garantiram sua octogenária caminhada existencial.
Neste contexto, destacamos três importantes escolhas do seu repertório vivencial: fazer da Palma o cenário de sua vida terrena, profissionalizar-se como barbeiro e casar-se com uma palmense. No curso do tempo, estas escolhas ocasionaram diversas decisões e atitudes que fazem parte de sua história pessoal.
José Carneiro da Frota, o popular Zé Irineu, nasceu no dia 16 de agosto de 1930, na então vila da Palma, atual Coreaú. Casou-se com Maria do Socorro de Souza. Juntos constituíram uma grande prole: Francisco Juscelino Carneiro da Frota, Maria Jaqueline Frota, Joselito Carneiro da Frota (Romão), Francisco Américo Carneiro da Frota, Antônio Juscênio Carneiro da Frota e Rivelino Carneiro de Souza.
Com o fito de relembrar duas grandes conquistas dessa figura ímpar, ocorridas em 2010, transcrevo, aqui, o artigo abaixo, escrito por mim e publicado no RM no Foco, edição de 09/10/2010:
“O BARBEIRO-MOR DA PALMA"
José Carneiro da Frota, o popular Zé Irineu, no dia 16 de agosto de
2010, entrou para o clube dos octogenários coreauenses. Além do
carimbo “vedro” motivado pela idade natalícia, o ano de 2010,
proporcionou, também, a este fígaro palmense, a comemoração das Bodas de
Diamante no campo profissional, sessenta anos de atividades no nobre ofício de
barbeiro.
Com certeza, o nosso “Zé” não é o “Barbeiro de Sevilha”, mas
é muito mais, porque é o “Barbeiro da Palma”. A partir de 1950 até 2009, muitas
gerações tiveram seus cabelos cortados e suas barbas raspadas ou aparadas por
esse insigne profissional, na tradicional Barbearia São Francisco, ornada por
belas pinturas em suas paredes. Calendários e cromos contendo estampas de
mulheres bonitas e sensuais completam a singularidade do alegre ambiente. Esta
vetusta instituição, ainda sob seu comando, foi e continua sendo um ponto de
referência da cidade.
Na oportunidade, com bastante atraso, o Centro da Memória de Coreaú –
CEMECO congratula-se com este cidadão de longo curso, que, na citada data,
conquistou o título de varão provecto. Parabéns!
Fortaleza, 7 de outubro de 2010
Leonardo Pildas”
O Zé Irineu, aquele homem forte da década de 1950, ultimamente, contemplava com passos miúdos sua amada cidade natal. Mas mesmo alquebrado pelo peso dos anos e com a saúde debilitada, era presença constante e cativa a caminhar pelas ruas e praças da velha Palma.
Quanta singularidade, o Zé Irineu fechou os olhos para o mundo no dia do Chaveiro do Céu, 29 de junho de 2012! Imagino a recepção. São Pedro, em festa pelo seu dia, consultando o livro de anotações e o Barbeiro da Palma, resignado, com seu sugestivo boné, esperando pelo veredicto. Cena para o pincel de um criativo pintor.
A figura prosaica, conhecida por moços e velhos, que por tantos anos pontificou na Barbearia São Francisco de sua propriedade, emudeceu para sempre, seguindo para o Reino da Esperança. Hoje, seus restos mortais habitam o templo da morte, pois eles jazem numa sepultura no Cemitério São Miguel.
José Irineu, o barbeiro-mor da Palma, chegou ao fim da estrada da vida, seguindo outra vereda rumo ao infinito. Toda criatura que nasce um dia volta para junto do Criador. A divisa latina, adiante transcrita, acentua esta verdade: “Os passos são diferentes, mas o caminho é um só.” Todos passam pela porta da morte.
Descanse em paz, nobre conterrâneo!
Quanta singularidade, o Zé Irineu fechou os olhos para o mundo no dia do Chaveiro do Céu, 29 de junho de 2012! Imagino a recepção. São Pedro, em festa pelo seu dia, consultando o livro de anotações e o Barbeiro da Palma, resignado, com seu sugestivo boné, esperando pelo veredicto. Cena para o pincel de um criativo pintor.
A figura prosaica, conhecida por moços e velhos, que por tantos anos pontificou na Barbearia São Francisco de sua propriedade, emudeceu para sempre, seguindo para o Reino da Esperança. Hoje, seus restos mortais habitam o templo da morte, pois eles jazem numa sepultura no Cemitério São Miguel.
José Irineu, o barbeiro-mor da Palma, chegou ao fim da estrada da vida, seguindo outra vereda rumo ao infinito. Toda criatura que nasce um dia volta para junto do Criador. A divisa latina, adiante transcrita, acentua esta verdade: “Os passos são diferentes, mas o caminho é um só.” Todos passam pela porta da morte.
Descanse em paz, nobre conterrâneo!
Fortaleza, 02 de julho de 2012
Leonardo Pildas
Leonardo Pildas