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04/06/2011

TECNOLOGIA - WINDOWS 8

Cinco perguntas sobre o novo Windows 8



O novo sistema operacional da Microsoft tem visual parecido com o Windows Phone e conta com mudanças radicais. Mas ele vai vingar?
Nesta semana a Microsoft revelou um pouco do que se pode esperar da próxima versão de seu sistema operacional Windows. Mas ainda há diversas perguntas que não foram respondidas. Aqui estão as principais delas. 

A Microsoft conseguirá manter os usuários de desktop felizes com o Windows 8?
Durante a demonstração feita nesta semana o Windows 8 foi exibido rodando aplicações legadas (escritas para versões anteriores do sistema operacional), como o Office. No entanto um sistema Windows 8 baseado em um processador ARM não será capaz disso. Isso cria um dilema na vida do usuário: migrar ou não? 

E embora a Microsoft afirme que o Windows 8 será compatível com hardware já existente, para aproveitar os recursos novos mais revolucionários será preciso adquirir todo um pacote novo de hardware e software. Sendo assim, onde ficam os usuários de Windows que querem manter seu computador antigo (ou nem tão antigo assim) que veio com o Windows 7, mas querem o novo sistema operacional?

Precisamos de uma tela de toque em todo lugar?
Parece que o Windows quer um pedaço do mercado dos tablets. Entretanto, é difícil de imaginar que pessoas com desktops, notebooks ou mesmo netbooks tenham vontade de tirar as mãos do teclado e tocar na tela, o que pode afastar os usuários deste recurso. 

Sendo assim, a revolução Touch da Microsoft é realmente voltada para os tablets. Entretanto o sistema operacional touch da companhia, o Windows Phone, tem uma parcela pífia de mercado, o que nos leva  à  pergunta: há tantas pessoas assim que precisam tocar em seus computadores com Windows ou de versões touch do Word ou Excel?

Todos os sistemas com processadores ARM terão poder de processamento suficiente?
O Windows 8 pareceu rodar muito bem em uma amostra de notebooks e tablets já existentes, mas, inevitavelmente, alguns sistemas ARM de baixo custo irão surgir.  Eles serão capazes de lidar com todos os novos recursos do sistema operacional? Ou deslizar as páginas ou atualizá-las irá demorar, aplicações irão travar e irá surgir uma tela azul da morte no Windows 8?

Quão aberto será o sistema?
A Microsoft faz questão de frisar que a plataforma de desenvolvimento para o Windows 8 é baseada em HTML5, JavaScript e outras tecnologias da Web. Isso significa que desde o primeiro dia programadores poderão criar aplicativos para o Windows 8, sem esperar por ferramentas especiais. Contudo essa é uma mudança radical no modus operandi da companhia de Redmond (que mantém controle total sobre o software) e ainda é incerto quão aberta a empresa estará (e até que ponto pretende chegar). Desenvolvedores podem ter as mesmas suspeitas de antes e serem mais cautelosos na criação de aplicativos do que a Microsoft gostaria e necessita para alcançar o crescimento de concorrentes como a Mac App Store.

E sobre o Windows Live?
Poderia esse pacote de apps, que a Microsoft vem aprimorando por anos, ser a primeira vítima da mudança para um sistema operacional baseado em HTML5? Claro que a empresa não irá matar o Hotmail ou o Messenger. Mas passarão eles por mudanças radicais se a companhia se afastar do .NET, Silverlight e outras marcas registradas da Microsoft? Ou isso significa a morte do Windows Live Movie Maker?

É importante ressaltar que a Microsoft ainda tem alguns meses para responder às essas perguntas, e muito ainda deve mudar, especialmente com o lançamento do Mac OS X Lion, que acontece ainda esse semestre. Independentemente do que ocorrer, é bom ver que a Microsoft está se arriscando mais e caminhando para frente. 
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