Ao romper hoje o silêncio sobre sua evolução patrimonial, o ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci negou que tenha utilizado sua empresa de consultoria, a Projeto, para intermediar interesses de empresas privadas junto ao governo federal. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Palocci manteve o nome de seus clientes em sigilo e disse não se sentir no direito de "expor" empresas "idôneas", evitando detalhar ainda os valores cobrados pelos serviços.
"Não fiz tráfico de influências", afirmou o ministro. Ao negar a prática de lobby, Palocci disse que as empresas que contrataram seus serviços não são grupos que possuem contratos com o governo. Os ramos de atividade, exemplificou o ministro, eram indústria, mercado de capitais, serviços financeiros e serviços em geral.
“A minha empresa jamais atuou junto aos órgãos públicos”, declarou o chefe da Casa Civil, reiterando que não representou interesses de empresas privadas junto à administração federal. “Em nenhum momento eu participava de empreendimentos que envolvessem órgão público e empresa privada”, disse.
O ministro disse que todo o faturamento da Projeto foi formalizado por meio da emissão de notas fiscais e recolhimento de impostos. “Não tive uma atividade reservada, tive uma atividade pública. Agora os números da empresa eu gostaria de deixar reservados, porque não diz respeito ao interesse público”, afirmou Palocci. O ministro disse entende como sendo seu papel "respeitar rigorosamente a lei". "Mas eu não divulgo nome de empresas terceiras, que sou idônea", completou.
Questionado se colocou o cargo à disposição de Dilma, Palocci disse que não conversou com a presidenta sobre o assunto, mas acrescentou: "Meu cargo a presidente tem. O meu e de todos os ministros".
Informações iG