Já faz um bom tempo que tenho me dedicado às coisas da Palma, tentando resgatar a memória histórica da cidade, do município, da paróquia, da comarca e, principalmente, de sua gente. Vejo-me praticando o “Trabalho de Sísifo”, que se revela na inutilidade dos meus esforços ao tentar fazer algo pela coletividade coreauense. Esta caminhada teve início no decorrer de 1972, na vetusta cidade de Salvador, na Bahia. Todavia, compreendo que os frutos produzidos neste longo período são por demais diminutos.
Há tempo, busco efetivar o Centro da Memória de Coreaú – Cemeco, mas até a presente data não me foi possível, tendo em vista uma série de dificuldades. Embora não seja possuidor de preparo acadêmico na área de história, julgo e tenho a mais absoluta convicção que estou fazendo uma ação de cunho cultural. Ressalto que o escopo de toda essa entrega pessoal é promover o resgate de nossas origens.
Tenho me pautado, até aqui, numa linha de pesquisa, preferencialmente, documental. Porém, quando a crônica cala, bato à porta da história oral, mas procuro fundamentar o achado numa amostra de peso representativo, que forneça uma acentuada segurança aos detalhes dos fatos ou episódios descritos.
A inferência não deve ser parâmetro para a emissão de um parecer. Como disse alguém de bom senso: “nunca devemos fazer de uma mera suposição, uma solene afirmação.” Eis a razão da importância da pesquisa no tratado de qualquer ciência, em especial da História.
Após este extenso preâmbulo, expresso o meu reconhecido agradecimento aos generosos amigos Fernando Deda e Davi Portela que se reportaram ao meu trabalho e a minha pessoa. Jamais visei elogios, porque considero esta minha ação um exercício de cidadania. No entanto, não poderia ficar indiferente ao apreço manifestado por esses notáveis homens de letras.
O professor Fernando Machado Albuquerque (Fernando Deda), que escreve com autêntica correção, suficiente clareza e refinado estilo, postou no Blog do Eliomar, no dia 6 de fevereiro de 2011, o artigo “O memorialista de Coreaú”, no qual além de referências a mim, destaca o livro “História de Coreaú (1702 – 2002)”. O professor Davi Machado, na data de 2 de abril de 2011, postou, no Blog RM no Foco, uma relevante peça de arte gráfica na qual destaca a citada obra, o autor e uma leitora. Um excelente trabalho que bem demonstra os dotes artísticos desse grande mestre da cultura coreauense. Aos dois eruditos palmenses, o meu obrigado! A minha gratidão se estende também ao Dr. Marcelo Gurgel, professor universitário, escritor de nomeada e membro da Academia Cearense de Medicina, que comentou o texto do Professor Fernando Machado Albuquerque.
Fortaleza, 9 de abril de 2011
Leonardo Pildas
