Tem um dito popular que diz: “Não devemos ter medo do grito da população e sim do silêncio dos gabinetes”. Hoje acordei com essa frase na mente, observamos que após o pleito eleitoral instalou-se um silêncio fúnebre, aí onde mora o perigo. Enquanto isso, a população grita por uma saúde de boa qualidade, os índices de violência cada vez mais aumentando, o número de adolescentes superlotando as unidades de medidas socioeducativas e outros gemidos mais. A pergunta que faço: será que nas discussões dos gabinetes estes temas são pautados? Ou somente a partilha dos cargos públicos?
A meu ver, a política brasileira não está a serviço da população, e sim dos interesses pessoais de uma boa parte dos nossos representantes. Veja em nossa terra natal, o desalento do “Zé Bedeu” é tamanho que chega a ter dó na consciência, não por ter vendido seu voto, mas por ter confiado na juventude do candidato.
Essa triste moldura paisagista eleitoral só vai mudar quando as crianças de hoje forem pedagogicamente formadas no desenvolvimento do seu censo critico, pois somente assim na sua fase adulta terão discernimento para escolher bons representantes.
No silêncio dos gabinetes é onde os “lambedores de rapadura” fazem suas lambanças e vendem os milhões de Zé Bedeus que depositaram sua confiança, mesmo sendo comprada, mas acreditaram em um dia melhor, como os moradores de uma região da nossa terra que foi prometido a tão esperada água em suas residências e pelo que vejo vai ficar para a próxima candidatura.
(Carlos Teles)
