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09/10/2010

PREFEITO: UM ENTE PÚBLICO

Investido do Poder Público num Município está, entre várias pessoas, também o chefe do Executivo, no caso o Prefeito. Cabe a ele, sujeito diplomado pela Justiça Eleitoral, após ter sido expressamente aprovado pelo voto direito e secreto da maioria dos eleitores, dirigir os rumos de seus concidadãos, gerindo com transparência os recursos públicos, cumprindo a lei e zelando pelo cumprimento dela, de modo a exercer com coerência o posto que lhe fora confiado.

Mas não tem sido bem assim. Algumas pessoas quando prefeitos, apossam-se, sentem-se donas do Município e, por que não dizer, donas do mundo. A par disso, “amordaçam” o pensamento dos munícipes, agem com extrema autoridade, tornam-se agressivas e ameaçadoras. Para controlar esse “curral” e fazer ser respeitado seu ímpeto, têm ao seu redor, por escolha a dedo, uma trupe de subordinados “puxa-sacos”, que nada sabem fazer, a não ser dizer amém.  

Esquece-se, esse tipo de gente, de que o seu papel de prefeito não pode ser interpretado como se outro personagem fosse. Prefeito é prefeito, deve agir como tal. Crescer seu município. Honrar seu nome e o nome de sua família. Buscar uma boa administração. Lembrar-se de que o enriquecimento ilícito é tão passageiro como as nuvens de verão.

O prefeito é um ente público, exclusivamente público, para servir a todos indistintamente. Afinal, muito bem disse o Dr. Roberto Rosas, ex-ministro do TSE: “O mandato não pertence ao candidato, ao eleito, e sim ao partido, e este, à comunidade, à sociedade devidamente representada”, (Revista In Verbis, IMB, n.º 16, ano 03, p. 36).

Quão bom é vestir a camisa da transparência, da dignidade moral. Tão saudável será para a alma de um ex-prefeito, quando estiver velho, olhando para trás e ser capaz de dizer: “vejam caros amigos, aquelas obras, aquela escola, aquele hospital, praças, ruas, avenidas, creches, pontos de diversões, etc. etc., quem fez fui eu, na época em que eu era prefeito. Naquela época o povo era alfabetizado, o povo era educado, o povo era sadio, o povo vivia bem, porque eu tratava meu povo bem, tão bem que às vezes assim agia até em detrimento do meu próprio bem”.

Precisamos de seriedade e de hombridade. Se os homens públicos que estão no poder, e que se acham o máximo, pensassem diferente, ou seja, pensassem a vida no seu lado humano, solidário, gente com fome, gente desempregada, gente sofrendo, gente chorando, gente morrendo, e pusessem em suas cabeças que ninguém leva nada materialmente para o túmulo, a não ser a carne, e que, aquilo conquistado por meios ilícitos nesta vida, como já disse, é efêmero, com certeza teríamos uma visão mais nobre acerca de certos políticos.   

Quantas pessoas no passado viviam bem, inclusive homens públicos, mas hoje sofrem as agruras da vida, num absoluto ostracismo, somente porque pensavam que eram donos do mundo, quando na verdade descobriram, tardiamente, que são inquilinos do mundo?

FERNANDO MACHADO ALBUQUERQUE
Professor
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