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Apenas Ceará e São Paulo obtiveram nota máxima no índice de transparência (Foto: CGU/Divulgação) |
Treze de 15 municípios do Ceará avaliados pela Controladoria-Geral da
União obtiveram nota 0 em transparência do uso da verba pública, segundo
levantamento divulgado nesta sexta-feira (15).
Umari, Catunda, Martinópole, Alcântaras, Jaguaretama, Tejuçuoca,
Assaré, Ibiapina, Guaiúba, Tamboril, Independência, Marco, Paraipaba e
Ubajara tiveram a nota mínima, que vai de 0 a 10. Carnaubal teve
pontuação 3,33, e Fortaleza, 8,61.
Na contramão dos municípios, o Estado do Ceará obteve nota máxima no
índice de transparência desenvolvido pela CGU. Além do Ceará, São Paulo
foi o único estado com nota 10 na transparência do uso da verba pública.
A CGU concluiu também que 63% municípios analisados quanto à
implementação da Lei de Acesso à Informação tiraram nota zero.
A CGU divulgou o balanço dos três anos da lei, que obriga órgãos
públicos a prestarem informações sobre suas atividades a qualquer
cidadão interessado. O projeto é de iniciativa do Executivo e vale para
todo o serviço público do país.
A assessoria da pasta explicou que foram analisadas 492 cidades com até
50 mil habitantes, além das capitais dos 26 estados e do Distrito
Federal. Conforme a CGU, a nota variou de zero a dez e foi calculada com
base na “efetiva existência e atuação do Serviço de Informação ao
Cidadão” e “regulamentação da Lei de Acesso”.
Conforme o balanço, ao longo dos três anos em vigor, a Lei de Acesso
recebeu 270,3 mil pedidos de informação. Nos últimos 12 meses, foram
registrados 97,9 mil pedidos.
A CGU informou ainda que, com os resultados, o objetivo é “aprofundar” o
monitoramento da transparência de estados e municípios. De acordo com a
assessoria do órgão, haverá no segundo semestre deste ano outra
divulgação de ranking.
Três anos da lei
De acordo com o levantamento da CGU, a média de pedidos de acesso à informação mensal é de 7,3 mil. O maior número de pedidos registrados em um único mês desde a entrada em vigor da lei foi em março deste ano (9,8 mil).
De acordo com o levantamento da CGU, a média de pedidos de acesso à informação mensal é de 7,3 mil. O maior número de pedidos registrados em um único mês desde a entrada em vigor da lei foi em março deste ano (9,8 mil).
Segundo a CGU, as categorias com mais assuntos procurados são Finanças
(12,99%), Administração Pública (11,36%), Previdência Social (6,84%),
Gestão, preservação e acesso (6,19%) e Educação Superior (5,35%).
Os principais motivos que levaram os órgãos da administração federal a
negar acesso à informação são dados pessoais; informação sigilosa de
acordo com a legislação; pedido genérico; pedido incompreensível; e
informação sigilosa conforme a Lei de Acesso.
Quando um órgão se nega a repassar informações sob essas argumentações,
o pedido entra no balanço dos respondidos. Porém, nesses casos, o
cidadão pode entrar com recurso e procurar a autoridade máxima do órgão
para o qual enviou o pedido, a CGU ou a Comissão Mista de Reavaliação
(órgão composto por dez ministérios que revê as respostas e os
recursos).
O levantamento mostra que São Paulo (25,5%) é o estado com mais pedidos
de acesso a informações. Depois, vêm Rio de Janeiro (13,1%) e Minas
Gerais (10%).
G1 Ceará
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2015/05/13-de-15-municipios-avaliados-no-ce-tem-nota-0-em-transparencia-diz-cgu.html