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A partir desta quinta-feira, 1, as montadoras vão voltar a pagar a
alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para
automóveis, que ficou reduzida de maio de 2012 até o último dia de 2014.
Com isso, o governo espera arrecadar até R$ 5 bilhões mais com o imposto em 2015 na comparação com o ano passado.
A indústria deve repassar o aumento do imposto para os preços, mas
oficialmente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea) afirma que a decisão é individual - cada empresa
vai definir quando e quanto do aumento do IPI repassará aos preços
finais dos veículos.
A alíquota dos modelos 1.0, atualmente em 3%, sobe a partir de hoje
para 7%. Para aqueles com motor entre 1.0 e 2.0, passa de 9% para 11%
nos automóveis flex.
Nessa faixa de maior potência, o imposto subirá de 10% para 13% para veículos movidos somente a gasolina.
Essa foi uma das últimas decisões tomadas pelo ministro da Fazenda,
Guido Mantega, que se despede do cargo após 8 anos e 9 meses no comando
da economia.
Mantega manteve reuniões com a Anfavea entre outubro e novembro para
negociar a recomposição do IPI a partir de janeiro. O ministro afirmou
nos encontros, segundo relatos de empresários, que "um aumento do
imposto era inexorável, viria com ou sem ele".
O objetivo de Mantega era preparar o setor para a elevação, de forma a
estimular as montadoras a realizarem promoções no mês de dezembro.
As empresas entenderam o recado e praticamente todas as companhias
lançaram campanhas publicitárias anunciando o fim do benefício para
aumentar as vendas no último mês do ano.
Apesar disso, ainda existia uma certa esperança entre as montadoras de
que o aumento pudesse ser escalonado, como ocorreu em outras ocasiões.
Mas nesta quarta-feira, 31, contudo, em conversas por telefone com
membros da equipe econômica foi confirmada a volta integral do imposto.
Primeira Edição
http://primeiraedicao.com.br/noticia/2015/01/01/preco-do-carro-pode-subir-45