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01/12/2014

TVs PÚBLICAS LUTAM PELA AUDIÊNCIA E CONTRA A FALTA DE RECURSOS

A crise econômica que atingiu o mundo em 2008 e que ainda hoje se faz sentir na maior parte dos países afetou em cheio o orçamento das empresas públicas de comunicação, que dependem principalmente de recursos públicos para funcionarem. Além disso, precisam disputar a audiência com as novas tecnologias online, notadamente em relação ao público jovem. O assunto foi abordado por executivos de televisões públicas mundiais, reunidos no Rio, de 26 a 28 de novembro, durante a 23ª Conferência Public Broadcaster International (PBI).
O diretor de Assuntos Internacionais e Jurídicos da Rádio e Televisão de Portugal (RTP), José Lopes de Araújo, disse que o maior problema é o corte de verbas anunciado pelo governo português. “O grande desafio é sobreviver. Temos um orçamento muito reduzido, limitado. O governo decidiu que não vai dar mais um euro do orçamento do Estado para a televisão pública. Desde então, vivemos apenas com a taxa paga por cada lar, que é 2,65 euros por mês por contribuição ao audiovisual, e com seis minutos de publicidade de comerciais por hora”, disse Araújo.
Segundo o executivo, o valor é insuficiente para cobrir todos os custos da estatal. “Temos que viver apenas com este valor, com uma estrutura muito pesada, com mais de 1.600 trabalhadores e estúdios em todo o país. Temos dois canais nacionais abertos, dois canais temáticos no cabo e dois canais internacionais: a RTP Internacional e a RTP África. O nosso orçamento anual é de 220 milhões de euros e nossa receita está 20 milhões de euros abaixo do custo. Esta diferença temos que superar com a redução de custos e a busca de outras formas de financiamento comercial”, disse.
Para melhorar a audiência, segundo ele, uma das estratégias é investir mais em esportes, principalmente o futebol. “Nos últimos três anos, perdemos audiência. Mas faz seis meses que a estamos recuperando. Um dos conteúdos que dão muita audiência é o futebol, que é um produto âncora. Os portugueses, ao serem perguntados sobre o que gostariam que a televisão pública mostrasse, disseram que era o futebol. O futebol e o esporte em geral farão aumentar nossa audiência. Da mesma forma que a melhoria na qualidade dos programas de informação e de ficção.”
A crise financeira também se fez sentir de forma contundente no maior grupo público de mídia mundial, a britânica BBC. O diretor de Políticas Editoriais, David Jordan, disse que  a BBC tem sofrido com a redução das taxas de licenciamento nos últimos três anos e meio, que estão congeladas pelo governo e são corroídas pela inflação. “Isto é um grande desafio. Temos que buscar formas de economizar. Existe o perigo de precisarmos reduzir o nosso serviço, se continuarem a cair as taxas. O grande desafio é como se adaptar à situação em que o nosso orçamento está muito restrito e ao mesmo tempo continuar a garantir todos os serviços que costumamos oferecer”, explicou Jordan.

Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-11/televisoes-mundiais-lutam-pela-audiencia-e-contra-falta-de-recursos
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