Desde que as pesquisas de boca de urna entraram em campo, no final da
tarde do domingo, 5 de outubro, foi acionado o alerta: os institutos de
pesquisas, supervalorizados nesta eleição, não tinham conseguido se
aproximar da realidade apresentada depois de que cada brasileiro apertou
a tecla CONFIRMA.
CEO de um dos principais institutos de pesquisa do Brasil, o Ibope,
Márcia Cavallari sai em defesa dos resultados apresentados durante a
eleição. “O objetivo da pesquisa não é projetar resultados futuros.
Portanto, não há que se falar em disparidades”, afirma categoricamente.
No comando do instituto há 32 anos, Márcia está acostumada com
questionamentos sobre o desempenho de pesquisas no pós eleição. Por
isso, gosta sempre de lembrar que o Ibope, com seus números, conta
histórias sobre as candidaturas, acompanha o comportamento do
eleitorado, detecta tendências – como mais uma vez aconteceu neste ano, após a entrada de Marina Silva na campanha.
“A pesquisa não é um oráculo, não dita a última palavra, não
substitui a eleição. Ao longo das campanhas do primeiro turno, as
pesquisas contaram a história de cada uma das campanhas, mostrando o
crescimento, queda e viradas das candidaturas”, ressalva.
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