Nove dos 27 governadores devem entregar aos seus sucessores, no dia
1º de janeiro de 2015, um Estado mais endividado do que encontraram.
Segundo o Tesouro da Fazenda as 27 unidades da federação deviam, no
final de 2013, nada menos que R$ 500 bilhões.
O nível de
endividamento de um Estado é calculado na comparação com a receita
corrente líquida. É uma conta similar à de qualquer cidadão: Se você tem
uma renda de R$ 1.000, e paga R$ 300 por mês de dívidas (compromete
30%), está mais endividado do que outro que ganhe R$ 2.000 e paga R$ 500
mensais (25%).
No caso dos Estados, a comparação foi feita com base em dados do balanço final de 2010 e de abril de 2014. Nesse período, Acre, Amapá, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins passaram a comprometer percentualmente mais a receita com a dívida.
Segundo o economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada), Alexandre Manoel, mais endividados, os Estados passam a pagar
prestações maiores, comprometendo ainda mais os apertados orçamentos
das unidades e reduzindo, teoricamente, o poder de investimento futuro.
"Os governos têm de pagar, de acordo com o prazo previsto no contrato.
Mas nem sempre isso é automático. A maioria dos empréstimos tem carência
de dois a cinco anos", explica.
Uol
http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/08/09/nove-governadores-vao-terminar-o-mandato-com-seus-estados-mais-endividados.htm