Há um tempo em que é preciso abandonar
as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os
nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da
travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à
margem de nós mesmos.
Fernando Teixeira de Andrade