Mesmo longe de alcançar os salários mínimos oferecidos em alguns países
na Europa, o Brasil ocupa posição privilegiada entre as nações
emergentes. No ranking dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul), a população brasileira tem o segundo
maior rendimento — R$ 724 — abaixo apenas da Rússia, que oferece piso de
R$ 1.936,22.
Enquanto isso, no Velho Continente, a Suíça pretende se
tornar o país que paga o melhor no mundo. Em referendo, no próximo dia
18, os governantes vão decidir se os suíços receberão salário mínimo de 4
mil francos suíços (R$10 mil) mensais, de acordo com informações
publicadas pela agência de notícias Bloomberg. O rendimento, se
aprovado, será 13,8 vezes maior do que o mínimo brasileiro.
A diferença de valores entre a Suíça e os
países emergentes, categoria que o Brasil integra, tem um simples
motivo, segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, professor da Fundação
Getulio Vargas (FGV): “País rico tem profissionais ricos, país pobre
não tem dinheiro para oferecer rendimentos altos”.
A Suíça é uma das nações mais
avançadas do mundo, ocupando sempre as primeiras posições do Índice de
Desenvolvimento Humano da ONU. Além disso, o país tem um Produto Interno
Bruto de US$ 50 mil per capita, cerca de quatro vezes o brasileiro.
O especialista atribui esse fato à
falta de especialização dos brasileiros. “A produtividade do fator
trabalho é baixa, resultado de pouco treinamento e Educação, além de uma
legislação trabalhista das menos competitivas do mundo”, disse.
O Dia
http://odia.ig.com.br/noticia/economia/2014-04-28/salario-minimo-brasileiro-e-segundo-dos-brics.html