Parece uma coisa simples, no entanto, a alergia alimentar (AA) pode levar à óbito e atinge, a cada ano, mais pessoas. No Ceará, assim como no Brasil, o número de alérgicos chega a 8% da população, sendo a maior parte composta por crianças até cinco anos de idade. Os dados são da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
A falta de informações, principalmente com relação às reações alérgicas e, em especial, a chamada anafilaxia, leva a demora no reconhecimento de uma crise, no retardo no tratamento e com isso, aumentam as chances de complicações graves. Com o objetivo de alertar para essas questões, a Organização Mundial de Alergia (WAO) definiu como tema da campanha mundial 2014, a "Anafilaxia - quando alergias podem ser graves e fatais" que começa nesta segunda-feira, prosseguindo até o domingo, dia 13.
"A anafilaxia é a forma mais grave da reação alérgica, que pode ser desencadeada pela ingestão ou contato com o alimento, picadas de abelha, vespa, medicamentos e látex", explica a alergologista e membro da Asbai/CE, Fabiane Pomiecinski. Com relação aos alimentos, informa, o leite, ovo, soja, crustáceos e trigo estão entre os "vilões". Por motivos não conhecidos, esclarece, o sistema imunológico apresenta uma reação exagerada e inapropriada a algum componente desses alimentos.
Essa reposta exagerada do sistema imunológico, afirma, pode causar sintomas que vão desde manchas na pele, inchaço nos lábios e na língua, coceira, rouquidão e vômito até diarreia, dor abdominal, palpitação, queda de pressão e falta de ar. Algumas pessoas podem até mesmo ter choque anafilático, quando ocorre diminuição da pressão arterial e arritmia cardíaca ou obstrução de vias aéreas superiores, e pode levar à morte. "É importante ressaltar que os pacientes não apresentam necessariamente todos os sintomas num episódio de anafilaxia", ressalta.
Diário do Nordeste
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