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06/03/2014

POEMA - MÁSCARA


No canto do quarto, sentado sozinho, 
Repara no espelho um desfile passar:
Os sonhos se foram num redemoinho,
Não há mais menino no rio a brincar.

Foi falsa esperança, velhaco adivinho:
Não basta o sereno p'ra terra invernar.
O logro não veio, o agora é mesquinho;
O porvir segue ainda uma tela a pintar.

Na larga avenida, desce em desalinho
O bloco mambembe, num lento pisar.
Esgueira-se entre a poeira e o espinho,
A máscara que ensaia seu tosco cantar.

No galho lá fora, canta o passarinho:
A vida se espraia p'ra além do espiar.
Há rastro escuso no longo caminho,
Oposto ao destino que intenta chegar.
Éliton Meneses
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