O Ministério Público Eleitoral (MPE) já instaurou pelo menos 280 procedimentos administrativos, inquéritos e representações relacionadas a irregularidades nas eleições de 2014, como propaganda antecipada e abuso de poder político e econômico cometidos por pré-candidatos a cargos como governador, deputado estadual e federal.
As informações tomam como base levantamento feito pelo iG nos Ministérios Públicos Eleitorais de todo o Brasil. A maior parte dos procedimentos instaurados contra pré-candidatos nas eleições deste ano vem de São Paulo. No maior colégio eleitoral do Brasil, foram instaurados, até o fechamento desta reportagem, 144 investigações por propaganda antecipada e 35 inquéritos policiais para apurar possíveis irregularidades eleitorais.
Na primeira semana de fevereiro, por exemplo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, responde a uma representação por propaganda antecipada por supostamente ter tirado proveito político de comerciais nos quais a entidade defende a aprovação da MP dos Portos e a redução das tarifas de energia.
Conforme a representação que tramita na Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo, durante o ano passado, Skaf teve tempo de propaganda de 97 horas na televisão e de 119 horas no rádio ao custo de aproximadamente R$ 33,9 milhões.
iG
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