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01/10/2013

PAPA CONSIDERA IGREJA CATÓLICA MUITO "VATICANOCÊNTRICA"

ALBERTO PIZZOLI/AFP
“Os chefes da Igreja foram com frequência narcisistas, amantes da bajulação e influenciados negativamente pelos seus cortesãos. A corte é a lepra do papado”, disse o Papa Francisco, numa entrevista ao diário italiano La Repubblica, em que considera a Igreja Católica muito “vaticanocêntrica” .
As declarações foram publicadas nesta terça-feira, dia em que começa um conselho de cardeais que pode decidir reformas na Igreja.
A Cúria – governo da Igreja – não é uma corte, mas encontram-se lá “cortesãos”, afirma o Papa. Francisco adianta que fará o que estiver ao seu alcance para mudar a mentalidade “vaticanocêntrica”. A Cúria centra-se muito nos interesses do Vaticano que “são ainda em grande medida interesses temporais”.
A entrevista é feita pelo fundador do La Repubblica, Eugenio Scalfari, e segue-se a uma troca de correspondência, depois de o jornalista ter manifestando ao Papa as razões do seu ateísmo. Francisco revela que, por momentos, ponderou não aceitar a eleição para liderar a Igreja, quando foi escolhido, em Março.
Falando sobre a sua fé, o Papa afirma: “Não existe um Deus católico…Acredito em Jesus Cristo, a sua encarnação. Jesus é o meu mestre e o meu pastor, mas Deus, o pai …é a luz e o criador."
O Papa Bergoglio distingue também clericalismo de cristianismo. “Não tem nada a ver com cristianismo”, sublinha. “Acontece-me também a mim: se encontro um clerical torno-me anticlerical.”
Francisco manifesta o entendimento de que a Igreja deve relançar-se a partir do Concílio Vaticano II e abrir-se à cultura moderna, participando nos grandes debates da actualidade.
Os “males mais graves que afligem o mundo” são, afirma, “o desemprego dos jovens e a solidão em que são deixadas as pessoas idosas”. O “liberalismo selvagem” tem como resultado “tornar os fortes mais fortes, os fracos mais fracos e os excluídos mais excluídos”, diz também.

Público.pt
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