Um Ceará ainda "cego" das letras. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad 2012) apontam o desafio da superação do
analfabetismo: apesar de programas sociais, mais de 1,325 milhão de
pessoas não sabe ler nem escrever, o que representa um total de 16,4% da
população do Ceará. Esse índice quase se estagnou no Estado com a
redução de apenas 0,1% (1,331 milhão de cearenses), comparado com o ano
de 2011.
E esse movimento de "estagnação" foi sentido também no País. A taxa de
analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais parou de cair no Brasil
após um período de 15 anos de declínio, segundo a Pnad 2012.
A doméstica Irismar da Silva Marcelino, 55, é uma das que queria deixar de compor essa estatística. Seu maior sonho é saber "desenhar" o nome, ler letras do ônibus, passar as vistas em livro e saber "abecedário". É analfabeta. "Vejo, hoje, muitos jovens seguindo meu caminho e deixando de querer estudar. Assim, não vamos para a frente".
E o tempo dedicado aos estudos é também baixo. No Ceará, 18% da população não têm "instrução" e menos de um ano na escola. Em Fortaleza, a situação é semelhante, 10% (362 mil) são analfabetos: 64 mil crianças, entre 5 e 6 anos, e 113 mil, acima dos 60 anos.
Duas gerações desencontradas com as letras. Na Capital, apenas 24% estudaram mais do que dez anos e só 6,8% dedicaram 15 anos ou mais. Somente 14% dos fortalezenses estão na universidade (153 mil). E alguns índices caíram na Capital, por exemplo. Se a quantidade de alunos em creches cresceu (passou de 53 mil em 2011 para 64 mil em 2012), o número de estudantes do ensino fundamental regrediu: foram 2 mil alunos a menos, 598 mil em 2011 e 592 mil em 2012.
A doméstica Irismar da Silva Marcelino, 55, é uma das que queria deixar de compor essa estatística. Seu maior sonho é saber "desenhar" o nome, ler letras do ônibus, passar as vistas em livro e saber "abecedário". É analfabeta. "Vejo, hoje, muitos jovens seguindo meu caminho e deixando de querer estudar. Assim, não vamos para a frente".
E o tempo dedicado aos estudos é também baixo. No Ceará, 18% da população não têm "instrução" e menos de um ano na escola. Em Fortaleza, a situação é semelhante, 10% (362 mil) são analfabetos: 64 mil crianças, entre 5 e 6 anos, e 113 mil, acima dos 60 anos.
Duas gerações desencontradas com as letras. Na Capital, apenas 24% estudaram mais do que dez anos e só 6,8% dedicaram 15 anos ou mais. Somente 14% dos fortalezenses estão na universidade (153 mil). E alguns índices caíram na Capital, por exemplo. Se a quantidade de alunos em creches cresceu (passou de 53 mil em 2011 para 64 mil em 2012), o número de estudantes do ensino fundamental regrediu: foram 2 mil alunos a menos, 598 mil em 2011 e 592 mil em 2012.
Do Diário do Nordeste