As
últimas 36h do PSB foram de discussões, decisões e reviravoltas. Nessa
terça-feira (17), a cúpula do partido se reuniu em Brasília para
discutir o papel da sigla no governo Dilma Rousseff. Do encontro, saiu a
resolução de entregar os cargos federais que o PSB ocupa – Ministérios
da Integração Nacional e de Portos e presidência da Chesf – e de
oficializar a ruptura da aliança com o PT.
As reviravoltas ficaram por conta do governador do Ceará, Cid Gomes. A
expectativa dos socialistas era de que Cid defendesse, com afinco, o
posto do também cearense Leônidas Cristino (Portos) e anunciasse
desfiliação do partido para seguir apoiando a reeleição de Dilma. Por
conta dessa certeza, as negociações para a filiação da ex-prefeita
Luizianne Lins ao PSB já estavam em estágio avançado.
Surpreendendo a todos os correligionários – inclusive a Eduardo
Campos –, Cid mostrou que política é um jogo dinâmico e concordou com a
devolução dos cargos. Além disso, apesar da notória fidelidade que
dedica à presidente petista, o governador afirmou que, mesmo a
contragosto, fecha com o partido, pois não é “quinta-coluna”.
Após o término da reunião, o deputado federal Márcio França (PSB-SP)
garantiu que a permanência do governador cearense no PSB era certa.
Pouco tempo depois, Cid deixou a dúvida no ar: “vou pensar se saio do
partido ou não”.
Os cálculos são imprecisos e as informações incertas. Por ora, a
única equação exata é que Cid e Luizianne não aceitam ocupar a mesma
sigla. Com Cid no PSB, a loira permanece fora do partido.
Do Ceará News