O grupo de trabalho encarregado de elaborar uma proposta de reforma
política promoveu na manhã de ontem suas primeiras deliberações e tomou
posição pelo fim da reeleição para cargos do Executivo e pela
coincidência dos mandatos municipais, estaduais e federais. Ficou
decidido pelo colegiado coordenado pelo deputado Cândido Vaccarezza
(PT-SP), que as duas alterações valeriam a partir do pleito de 2018. Os
deputados aprovaram as duas propostas e elas vão constar do texto global
de reforma política que o grupo deve apresentar até o dia 17 de
outubro, disse o petista.
Pelo que foi aprovado, prefeitos e
vereadores eleitos em 2016 cumpririam apenas um mandato tampão, de dois
anos. Dessa forma, todos os cargos eletivos já seriam escolhidos num
mesmo ano, em 2018. Os deputados do grupo acertaram que vão decidir, no
encontro marcado para a próxima quinta-feira, 12, qual a extensão do
mandato único para o Executivo. De acordo com Vaccarezza, as propostas
apresentadas até o momento são de mandatos de quatro, cinco ou seis
anos.
Vaccarezza espera votar os pontos mais polêmicos da
reforma política no dia 19, quando o grupo deverá assumir posição sobre o
sistema eleitoral e o financiamento de campanha. As decisões que o
colegiado tomar deverão ainda ser votadas pelo Plenário da Câmara dos
Deputados e, depois, devem seguir para o Senado. Desde que os trabalhos
se iniciaram, Vaccarezza afirma que as alterações não terão validade
para as eleições no próximo ano.
O Povo Online