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A média do volume de precipitação da quadra chuvosa, meses em que a intensidade de chuvas é maior no Ceará, foi 37,7% abaixo da média histórica,
em 2013, e a previsão para o 2º semestre é que a situação piore ainda
mais, segundo a Fundação Cearense de Metereologia e Recursos Hídricos
(Funceme). Isso se deve ao histórico de chuvas para o período, quando
costuma ser registrado médias abaixo de 5 mm por mês. Essa
característica do clima no Estado já pode ser constatada nos primeiros 5
dias de agosto em que, até o momento, não foram registrados índices
pluviométricos significativos em território cearense.
A ausência de chuvas se deve a ausência de fenômenos indutores de precipitações,
segundo Raul Fritz, metereologista da Funceme. "Diferentemente dos
primeiros meses do ano, em que as condições atmosféricas e oceânicas são
favoráveis, a partir de agosto temos chuvas mais pontuais", explica.
Ainda de acordo com o metereologista, tais chuvas pontuais são
provocadas pelas Ondas de Leste, fenômeno que causa precipitações entre a
Bahia e o Rio Grande do Norte, se findando ainda no mês de agosto.
Raul Fritz caracteriza o ano de 2013 como crítico em relação à
chuvas. "Apesar dos registro de pós-estação terem sido acima do normal,
fechamos o período chuvoso no Ceará (de janeiro a julho) com 34,8% da
média histórica para o período", afirma. Isso significa que nos primeiros 6 meses
deste ano choveu 570,4 mm, bem abaixo do esperado, que era de 874,3 mm.
Em 2012, a Funceme registrou índice pluviométrico de apenas 0,3 mm no
mês de agosto. Já em setembro, o índice foi quase nulo (0,1 mm) e em
outubro foi registrado o mesmo volume de agosto (0,3).
Fonte: Diário do Nordestes