A maioria dos líderes da Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira
(9) descartar a realização de um plebiscito para discutir uma reforma no
sistema político brasileiro com efeitos para as eleições de 2014.
A decisão foi tomada por líderes da base aliada e da oposição. O PT
ficou isolado na defesa de um plebiscito imediato, como o Planalto
sugeriu ao Congresso.
Em resposta, os petistas devem começar a recolher assinaturas para
tentar viabilizar um projeto de decreto legislativo propondo a consulta
popular, mas os próprios deputados da legenda reconhecem que há
dificuldades para avançar com a proposta na Casa.
São necessárias 171 assinaturas para que a proposta comece a tramitar na
Câmara, mas, além do prazo apertado, outra dificuldade é a falta de
consenso sobre o conteúdo do plebiscito. O PT espera contar com o apoio
das bancadas do PC do B e do PDT_ sendo que juntos os três partidos
reúnem 128 parlamentares.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a
proposta do plebiscito com efeitos para a disputa eleitoral de 2014
ficou inviável.
"Se aparecer uma proposta de plebiscito que recolha assinaturas, essa
Casa poderá votar, não vai se furtar a votar, mas mesmo vindo o
plebiscito só terá validade para 2016", afirmou.
Da Folha de São Paulo