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Sob o comando do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), a Comissão
de Direitos Humanos da Câmara aprovou nesta terça-feira (18) projeto que
permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a
homossexualidade.
A proposta, conhecida como "cura gay", terá que passar ainda por outras
duas comissões da Casa: Seguridade Social e Constituição e Justiça. Se
aprovada em ambas, segue para o plenário da Câmara.
A votação foi simbólica: durante o debate, apenas os deputados Simplício
Araújo (PPS-MA) e Arnaldo Jordy (PPS-PA) discursaram contrários ao
texto. Araújo tentou adiar a votação com pedidos de leitura da ata da
última sessão e retirada do projeto da ata --ambos foram rejeitados.
Em sua fala, Araújo lembrou os protestos que reuniram milhares de
pessoas nas ruas ontem, em diversas capitais do país. Em Brasília,
manifestantes chegaram até o Congresso Nacional - entre os protestos,
houve gritos contrários a Feliciano e a outros políticos do Legislativo,
como o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
"A Casa deve acordar para o que aconteceu ontem nas ruas, ao que está
acontecendo nesse país. Essa aqui é uma prova que nós estamos muito
longe de entender o que a sociedade realmente quer discutir aqui dentro
dessa Casa", afirmou, sendo aplaudido por alguns presentes.