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05/03/2013

SECA: CAGECE ADMITE RACIONAMENTO

O sinal de alerta foi dado: caso as previsões de chuvas continuem abaixo da média e as obras prometidas não sejam finalizadas, há risco, sim, de racionamento de água já a partir do próximo mês em alguns municípios do Interior. Os mais críticos são, conforme a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Crateús, Quiterianópolis, Beberibe e Pacoti. E a situação pode piorar já nos próximos dias; choveu apenas 69 milímetros, dos 150,4 esperados, metade em relação ao ano passado, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme). Fortaleza estaria fora de perigo, por enquanto. Em Recife, por exemplo, já começou o racionamento, um rodízio.

Em Alcântaras, 221km de Fortaleza, moradores contam que já está havendo corte preventivo e que a distribuição só está sendo fornecida no período da manhã. O clima na cidade é de cautela, o temor é de colapso geral, afirma o morador e presidente da Entidade Cooperativista Sustentável (Ecos), Freire Caetano Filho. "O açude que abastece a cidade está quase seco, só deve ter uns 3% da sua capacidade. Teve dia até que, ao invés de água, veio só lama nos canos, tamanha era a secura. Se não chover, tenho certeza que daqui há dois meses a gente entra sim em crise, colapso geral. Estamos apreensivos".
A situação de Alcântara não é muito diferente das demais. Mesmo com a seca, a população não colabora economizando. "As pessoas aqui da região não têm consciência de que a água é pouca e pode, sim, acabar. É um monte de gente jogando água fora, os lava-jatos funcionando a todo vapor e a construção civil não para de subir casa. Quem sabe o racionamento ajuda um pouco", afirma Freire Caetano Filho. Atualmente, 174 dos 184 municípios cearenses estão em estado de emergência. A previsão para os próximos dois meses, segundo a Funceme, aponta probabilidade de 40% para as precipitações ficarem abaixo do normal, de 35% para chuvas em torno da média e apenas 25% de chover acima da média prevista.
Conforme monitoramento da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), 74 açudes estão com volumes inferior a 30%. E muitos são os reservatórios em situação crítica. Na Bacia do Médio Jaguaribe, por exemplo, o açude Madeiro, em Pereiro, segue com 2,26%. Na Bacia de Crateús, açude de Colina, em Quiterianópolis, está com apenas 5,52% da capacidade.
Em meio a toda uma situação de desabastecimento, a pergunta segue: por que Fortaleza não estaria, então, em crise também? Na Capital cearense, no posto de Castelão, foram registrados apenas 103,2 milímetros, enquanto a média mensal era de 158 milímetros para fevereiro.
Os municípios mais atingidos foram Barroquinha, Litoral Norte, com 248 milímetros, enquanto a média é de 200,6 milímetros e Pacatuba, com 227,3 mm.

Fonte: Diário do Nordeste
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