O Brasil, é que podemos dizer, o “País dos José”. Os Zés tem geralmente o perfil de uma pessoa sensível, confiante e generosa, que sofre com os problemas alheios... É muito conciliador e conserva o autocontrole mesmo nas piores situações. Os codinomes são os mais diversos possíveis. Tais, como: “Zé da Moca”, “Zé da Loura”, “Zé do Bode”, “Zé do Boi” ….... E tem também, um Zé em especial... Àquele do mensalão... Este não se enquadra nos perfis acima citados. Há quem defenda. Os defensores, dizem que tudo não passa de intriga da imprensa marrom mancomunada com o “Capa Preta” (um certo ministro do STF). Mas o Zé que contextualizo é Zé Bedeu: Nascido na antiga Palma no sopé da serra da Penaduba. Filho de agricultor que continua a tirar seu sustento da terra. O sertão cearense não tem problema. O que tem que ser agilizada são as ações reparativas das deficiências existentes no meio rural. A cada pleito Zé – o Bedeu - se enche de esperança de ser eleito uma gestão voltada para atender as necessidade do povo sofrido... Certa vez seu filho mais velho aproximou-se do pai para fazer um comunicado: - Pai, vou tentar a sorte em outro estado! Vou trabalhar no sudeste na construção de galpões de soja. Vejo a sua luta para nos manter vivos... Os programas compensatórios do Governo Federal são insuficientes para a nossa sobrevivência... Zé, deitado na sua velha fianga, ouviu os argumento do filho e disse: - Meu querido Zé Preto, a nossa vida tem sido uma grande penúria. Este sofrimento vem desde meus avós. Como eles, eu também não tive condição de reverter este sofrimento. Filho, os filhos são como pássaros, crescem e voam. Mas nunca devem esqueçer o caminho de volta ao antigo ninho. Após a conversa com o filho Zé encheu os pulmões de fumaça, do seu inseparável poronca de palha, e disse: Deus até quando esta cina perdurará? Será que um dia ela vai terminar? Só tenho a ti pra recorrer... Pois, os de cá, ficam simplesmente na promessa eleitoral....
Carlos Teles
