É uma eleição, mas não há cartazes de campanha, nenhum candidato oficial e aqueles que poderiam ser eleitos juram por Deus que não gostariam de carregar este fardo: bem-vindo ao conclave que elegerá o novo papa.
Diante da pergunta "você acha que tem chances?", os cardeais que se encontram no Vaticano para a preparação da eleição do chefe da Igreja Católica respondem com um ar modesto ou uma grande gargalhada.
"Estamos em Alice no País das Maravilhas", respondeu o cardeal americano Daniel DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston (Texas), a um jornalista engraçadinho que perguntou a ele se usaria um chapéu de cáuboi se fosse eleito papa.
Seu colega de Boston, o cardeal Sean O'Malley, afirmou, por sua vez, que não tinha a intenção de abandonar a sua vestimenta de frade capuchinho.
— Eu estou vestindo este uniforme durante 40 anos e pretendo usá-lo até que eu morra. Eu não pretendo mudar.
Há um provérbio italiano para alertar os cardeais movidos pela arrogância, "quem entra no conclave como papa, sai como cardeal".
As candidaturas são discutidas com bastante tato, mas normalmente apenas em privado ou durante as pausas para o café durante a série de reuniões pré-conclave. E os cardeais são ligados pelo juramento de guardar segredo, sob pena de excomunhão.
Do r7