O preço dos 12 itens essenciais para a alimentação das famílias cearenses voltou a ficar mais caro no mês passado. Conforme pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em fevereiro a cesta básica sofreu alta de 7,22% e passou a custar R$ 276,98 em Fortaleza, ante os R$ 258, 32 registrados em janeiro. O aumento acabou se configurando como o segundo maior entre todas as 18 capitais analisadas pelo estudo, já que a única cidade que apresentou um índice maior foi Recife, com alta de 8,35%.
Para se ter um ideia do quando a cesta básica encareceu em apenas um ano, segundo o Dieese, nos últimos 12 meses a variação foi de 29,2% ou, em valores reais, R$ 62,75. Se levarmos em conta o fato de que no mesmo período o salário mínimo aumentou apenas 9% - foi de R$ 622 para R$ 678 -, fica fácil evidenciar o enorme impacto que recai sobre as famílias que vivem com apenas o mínimo, tendo em vista que os gastos já representam 40,8% desse salário.
"Se descontarmos a previdência esse impacto aumenta, já que o mínimo cai para R$ 623,76. Assim, os gastos com alimentação acabam consumindo quase metade do salário, o que nos mostra uma realidade preocupante: existem pessoas vivendo só para comer", lamenta a socióloga do Dieese, Rosilene Cruz.
Fonte: DN
