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26/11/2012

“VERITAS” ou “VANITAS”


O ser humano não é grande nem pequeno, mas apenas sujeito do tempo. Egoísta e vaidoso, na sua insignificância, ele se veste da prepotência, querendo ser onipotente... Neste afã, revela a pobreza de espírito que domina suas ações e o seu caminhar.
Quantos se acham largos e poderosos a ponto de não considerarem o peso das normas, a nobreza da ética e os limites humanos? São tantos... Alguns possuidores de alto saber; outros com pouca sabença, mas ancho de direitos.
Muitos transpõem os umbrais da Universidade, porém só alisam os bancos de faculdades. Jamais alcançam a essência do conhecimento, nem em Sensu stricto” nem em “Sensu lato. Por isso não conseguem assimilar certas atitudes derivadas do ensinamento acadêmico, quer da área específica, quer da seara universitária no seu elevado contexto. Assim, deixam de cultivar a “Veritas” e esnobam a “Vanitas” por simples fome de poder e mania de grandeza.
É preciso conhecer esta verdade expressa no Livro do Eclesiastes, capítulo 1, versículo 2: “Vanitas vanitatum, et omnia vanitas” =Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.”
Neste tempo de balanços devido a proximidades de dois grandes eventos: o final do ano corrente e a aurora de um novo quadriênio administrativo, achei oportuna esta reflexão.
Finalizando este escrito, parece-me consentâneo, registrar, aqui, com certo relevo, parte dos versos do último terceto do belo soneto “Vanitas” do imortal Olavo Bilac, in "Poesias", disponível em “http://www.citador.pt/poemas/vanitas-olavo-bilac: “(...). E o Poeta/Pensa que vai cair, exausto, ao pé de um mundo,/E cai - vaidade humana! - ao pé de um grão de areia...” 

Fortaleza, 25 de novembro de 2012
Leonardo Pildas
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