Mais uma vez o Instituto Butantan mostra que mesmo os animais considerados mais peçonhentos podem ser úteis para a saúde humana.
Dessa vez, eles observaram que uma toxina presente no veneno da cascavel (nome popular de várias espécies dos gêneros (Crotalus e Sistrurus) foi eficaz no combate às células tumorais envolvidas no desenvolvimento do câncer de pele.
A substância, conhecida como crotamina, ajudou a controlar a doença em ratos de laboratório. O mesmo composto é usado pela serpente na paralisação de suas presas.
A toxina entra rápido nas células. E, em testes de laboratório com camundongos, os pesquisadores perceberam que a crotamina prefere as células que se dividem rápido, como as do melanoma – conhecido como câncer de pele.
” A melanoma é um câncer que cresce muito rápido, um câncer muito agressivo e um câncer que produz bastante metástase”, diz Irina Kerkis, diretora do Laboratório de Genética do Instituto Butantan. Através das imagens feitas com microscópio, as manchas de cor mais forte são as células onde a crotamina entrou. Todas elas são cancerígenas.
Diário do Nordeste