A Academia
de Ciências da Suécia anunciou os vencedores do Nobel de Física: um francês e
um americano responsáveis por pesquisas que podem levar à criação de
supercomputadores.
O prêmio é em reconhecimento a experiências inéditas que
possibilitaram medir, manipular e preservar as partículas quânticas, que são
muito frágeis, e, por isso, difíceis de estudar. Elas são as menores do
universo. Fóton é a partícula, algo como um grão de luz. Íon é um átomo
carregado de eletricidade.
O francês Serge Haroche e o americano David Wineland chegaram
por caminhos diferentes ao mesmo alvo. O que eles conseguiram foi sonhado no
passado pelo físico Albert Einstein. Mas lidar com essas partículas tão
pequenas é mais fácil na teoria. Complicadíssimo na prática.
O impacto dessas inovações está muito distante, mas elas abrem o
caminho para relógios 100 vezes mais precisos do que os relógios atômicos que
existem hoje. As experiências também abrem portas para futuros computadores
quânticos, mais rápidos do que os que usamos.
Os dois vão dividir o prêmio de US$ 1,2 milhão, quase R$ 2,5
milhões. O francês, sendo francês, anunciou que vai comemorar o Nobel essa
noite com uma substância que mistura partículas gasosas e líquidas: champanhe.