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O Ministério da Educação (MEC) planeja
uma modernização do currículo do ensino médio, propondo a integração das
diversas disciplinas em grandes áreas. O motivo da mudança seria por
conta dos resultados insuficientes, divulgados nesta semana, das escolas
na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
A inspiração da modernização deverá vir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),
que organiza as matrizes curriculares em quatro grandes grupos:
linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. Essa é a divisão
que segue a prova, diferentemente do modelo tradicional por disciplinas
como química, português, matemática e biologia.
Discussões
O debate sobre tal questão não é pontual. Em 2011, o Conselho Nacional de Educação (CNE)
aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que propõem
uma flexibilização do formato atual. O diagnóstico é que o currículo é
muito inchado – em média são 13 disciplinas – o que, na avaliação do
secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari, prejudica a
aprendizagem. “O Enem é uma referência importante, mas não é o
currículo, ele avalia o currículo. Mas ele traz novidades que têm sido
bem assimiladas pelas escolas”, diz o secretário.
De
acordo com Callegari, a ideia é propor uma complementação às diretrizes
aprovadas pelo CNE, organizando as diferentes disciplinas em grandes
áreas. “O que tem que ficar claro é que não estamos propondo a
eliminação de disciplinas, mas a integração articulada dos componentes
curriculares do ensino médio nas quatro áreas do conhecimento em vez do
fracionamento que ocorre hoje”, explica.
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