O
Programa Social de distribuição de renda, que teve inicio no
governo do FHC e foi ampliado no governo do PT, pode até ter
reduzido os índices de pobreza no País, no entanto, também
criou-se uma dependência das pessoas a esse beneficio.
Certa
vez participando de uma reunião de Formação Profissional de
pessoas de baixa renda, o palestrante informou que a falta de
participantes nesses cursos devia-se ao receio de que após a sua
conclusão eles – os cursistas - seriam inseridos no mercado de
trabalho o que, por consequência, levaria a sua saída da faixa de
renda atendida pelo Bolsa Família. Concluo então:
- Existe, infelizmente, uma grande dependência das pessoas a esse Programa.
- Há, também, o cunho de beneficio politico do partido dominante. Uma prova disso: Durante a campanha eleitoral para Presidência, o que se via era o seguinte: Se o fulano for eleito vai acabar o Bolsa Família...
O
Governo Federal ao invés desse Programa (ao meu ver, “puramente
assistencialista”) deveria era investir na saúde do nosso povo
para amenizar situações existentes como a que se vê de pessoas
morrendo nas portas dos hospitais por falta de um atendimento digno,
como aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, onde
uma senhora após recorrer a oito hospitais, e somente depois de sua
família conseguir por força judicial o direito de ser atendida em
qualquer hospital – público ou particular - é que foi “concedido”
o seu internamento. Resultado: Seu direito chegou tarde! Ela morreu
sem conseguir, efetivamente, ser atendida.
A
educação brasileira é um verdadeiro caos. Hoje estamos vivendo uma
era de greve nas universidades públicas. E a única reivindicação
dos professores é uma melhor condição de poder ofertar um ensino
de qualidade àqueles que não tem condição de ingressar nas
Universidades Particulares.
Para
que tenhamos um real crescimento intelectual da nossa população é
obrigação dos governos, nas três esferas, propiciar condições
suficientes para esse desenvolvimento (educação, saúde, trabalho e
social). O Desenvolvimento social de uma pessoa é ela ter
consciência dos seus deveres e obrigações junto ao grupo social
que convive. Os Programas Sociais existentes deveriam ser uma forma
de fortalecer esses vínculos e jamais funcionar como “isca
eleitoral”.
Para
concluir, penso que esses mesmos Programas Sociais seriam bem mais
eficazes e resultariam na diminuição da desigualdade se procurassem
propiciar a sustentabilidade dos seus beneficiários e não, a
utilização dos mesmos, como políticas meramente compensatórias.
Carlos Teles