Poucos de nós nos lembramos que já houve uma era antes do Google. Parece incrível mas é verdade.
Neste
artigo faremos uma incursão arqueológica pelos idos tempos em que o
Google corria num computador instalado no dormitório da Universidade de
Stanford.
O Archie
O
primeiro motor de busca conhecido chamava-se Archie e limitava-se a
elaborar índices dos ficheiros que detectava na Net. Tratava-se dum
sistema desenhado para tecnológicos, atendendo ao seu carácter pouco “user friendly” (cfr. imagem abaixo).
O AltaVista
Mais tarde surgem o Verónica, Wanderer, o WebCrawler e o AltaVista,
considerado o primeiro site verdadeiramente bom. Com efeito, até então
os motores de busca só indexavam a URL e não o conteúdo integral do
site. Ora o que a AltaVista fez para suprir esta limitação foi aumentar a
capacidade do parque informático, pondo a correr 1000 crawlers ao mesmo
tempo. O problema da AltaVista também residiu no facto de em 1996 ser
economicamente inviável criar um negócio exclusivamente de busca.
No entanto, em 1997, na corrida da busca com a Yahoo e a AOL, a AltaVista partia largamente à frente
O Lycos
Em 1995 surge a Lycos, com o patrocínio da Carnegie Mellon University. O nome foi inspirado na lycosidae,
uma aranha que sai da teia para apanhar as suas presas. Este foi o
primeiro entre os principais motores de busca a incluir no seu algoritmo
os links externos como critério de relevância dum site.
O Excite
O
Excite apareceu em 1995 e foi o primeiro motor de busca a superar a
tecnologia da busca com base nas keywords. Apesar do carácter inovador a
empresa não conseguiu nunca superar a Yahoo, que era o líder da Net, e,
pior, entrou em processo de falência, tendo mudado de mãos várias
vezes.
Mas pelo caminho, é importante lembrar,
criou o primeiro sistema de personalização de páginas na Web. Os
utilizadores podiam estipular as suas preferências para a sua página,
colocando ou tirando notícias, meteorologia, etc. Foi também o primeiro
dos grandes portais a proporcionar e-mail gratuito.
O Yahoo
Em
1995 Jerry Yang e David Filo criaram uma das marcas mais poderosas do
mundo, com recurso ao dicionário. Inspirados por terminologia
informática lembraram-se do YA (Yet Another). Abriram o
dicionário na letra Y e pararam na palavra Yahoo. Quando verificaram
que o termo também significava Yet Another Hierarchical Officious Oracle
ficaram por aí. Assim se escolhe uma marca…
Yang e Filo não tinham, de início, ideia de que o negócio da busca tivesse algum valor.
Filo
afirma que “no princípio, não se podia colocar uma janela de busca em
frente das pessoas esperando que elas soubessem o que fazer com ela”.
Assim
criaram um directório em que a navegação ficava mais facilitada, pois
as páginas apareciam de forma hierarquizada. Esta abordagem tinha todos
os ingredientes de sucesso, numa altura em que a jovem Web se encontrava
em estado selvagem e caótico.
Os gestores da
empresa sabiam que a busca era um negócio demasiadamente caro para ter
qualidade. Assim concentraram-se num modelo de portal de tráfego,
sustentado por publicidade, deixando amplo espaço para o primeiro player
que quisesse e soubesse avançar.
Enquanto que o
Google teve início com base num algoritmo criado durante uma
licenciatura, o Yahoo iniciou-se como um guia de navegação na Web.
Fonte: .portalwebmarketing