O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, está certo em eleger a
construção de um grande banco de itens como uma das prioridades para o
aperfeiçoamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para que o
leitor entenda melhor, ‘item’, pela Teoria de Resposta ao Item (TRI),
é uma questão de múltipla escolha, que passa por uma série de
processos. O pré-teste, que afere seu grau de dificuldade, é apenas um
deles.
"A
melhor forma para aumentarmos o banco de itens seria fazer um grande
edital nacional, para o qual qualquer pessoa possa concorrer mandando
questões ao Inep"
No caso do Enem, a população que presta o exame é sempre muito maior do
que a pré-testada. Então, o que transforma uma questão pré-testada ou
não em “Item” são diversas possibilidades psicométricas e estatísticas,
como o comportamento dos alunos ao assinalar alternativas certas e
erradas, a média de acerto, o comportamento do grupo avaliado e o desvio
padrão. Desta forma, por qualquer critério que o Ministério da Educação
(MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)
transforme uma ‘questão’ em um ‘item’, a forma mais correta de falarmos
é que a nota dada ao aluno, nas provas objetivas, ‘é uma nota dada ao
caminho que ele percorreu’, e não uma nota que descarta chutes ou que dá
mais pontos pra questões mais difíceis.
Fonte: iG