O ano de 2012, por ditame constitucional, já nasceu tipificado como cenário eleitoral. Vivemos num país democrático, o cidadão deve expressar livremente sua preferência política. Tudo bem! Mas a norma que regula essa manifestação não foi muito sábia quanto ao interstício. Eleições, a cada dois anos, tornou-se uma prática estafante e muito onerosa. Já é tempo de repensar este modelo.
Como estamos a caminho de um pleito eleitoral, a temperatura partidária, na terrinha, já começa a fumegar. Nota-se com muita propriedade o tom político que, nos últimos dias, tem se expandido pela Várzea Grande.
Um aspecto projeta-se com muita intensidade nessa efervescência. Há uma profusão de observadores, principalmente, da política municipal que tudo enxergam e tudo sabem. O cenho de examinador é caracterizado com maestria, fogueteando o debate que muitos pregam como vivazes apologistas e outros exercitam movidos pelo encrespar da ocasião.
Nos blogs coreauenses, no momento, a política realça como escopo da crônica. Os analistas políticos, que ostentam a fibra palmense, usam estas tribunas para enunciar o verbo na análise política partidária no contexto da oposição x situação. Cada um reflete, a seu modo, o panorama conjuntural vivido no território municipal de Coreaú.
A análise ponderada é licita em qualquer situação, assim, também, a crítica abstraída de insolência e de conotação ideológica ou de ideias preconcebidas. Vale a intenção de influenciar no esclarecimento de nossa gente quanto ao voto, buscando extirpar a horrenda prática mercantilista, que floresce no decorrer desse tempo de promessas vãs e discursos vazios, tendo como protagonistas inescrupulosos candidatos e incautos eleitores. Uma cruzada pela honorabilidade deste certame eleitoral deve ser o escudo de nossas gazetas eletrônicas e, por extensão da sociedade coreauense.
Restaurar a dignidade, a ética e a cidadania em nosso meio é um dever moral de cada coreauense que se respeita como ser humano, cultua a memória dos que nos precederam e deseja uma Coreaú melhor para os nossos pósteros.
Lembremo-nos, na vida tudo tem o seu apogeu e o seu declínio, “o tempo é o senhor da história”. Os grandes de hoje, poderão ser os pequenos de amanhã e vice-versa.
Fortaleza, 29 de fevereiro de 2012.
Leonardo Pildas
