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11/03/2012

O TRIBUNAL DO VOTO

A Nação Brasileira vive o império da Lei da Ficha Limpa. Uma norma jurídica que nasceu da vontade popular para frear os desmandos dos maus políticos, sendo, pois, a guardiã da moralidade política neste Brasil de tantas glórias na literatura, na atividade científica, nas artes, na indústria..., e de muitas mazelas na senda da politicagem. Poucos merecem a reverência pela atuação no flamejante panorama político partidário. A honra nacional é, frequentemente, ultrajada pela falta de decência de muitos homens públicos. Quanta decepção exclama nossa gente!
Nas grandes, médias e pequenas cidades, no fluir deste ano eleitoral, o assunto chave é candidaturas aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. A velha prática da compra e venda de votos será usada com a desenvoltura de outros tempos. Este despudorado mercado, logo estará em alta. Os caciques já estão armando as estratégias nutridas nos guetos da ilicitude. A verbosidade vazia encontra-se em aquecimento no forno da hipocrisia. As promessas vãs passam por uma maquiagem e serão proclamadas mediante retórica insolente e espúria.
Mas esse cenário deveria melhorar de feição, tendo em vista o preceito legal insculpido na epigrafada lei.  Deveria, sim! Porém a norma que busca resgatar a dignidade na lida política só alcança os que foram atingidos por uma resolução colegiada. Continuam livres aqueles de almas sujas pela falta de ética no trato da gestão pública ou no exercício da atividade parlamentar. Estes são tantos, são muitos, são inúmeros..., que de tanta vileza afrontam a cidadania.
Diante desse quadro insólito, a solução será determinada, no dia 7 de outubro vindouro, pelo Tribunal do Voto, onde cada eleitor vestirá a toga e julgará os maus prefeitos e vereadores de suas comunas, dando-lhes a sentença merecida. Todavia, se a população os reeleger perde o direito de reclamar das funestas administrações que eles apresentam sem nenhum acanhamento, porque sabem o custo do passaporte para o poder.
A resposta a esses políticos que governam para si e sua trupe deve ser forte e altaneira. Eleger pessoas sem os predicados necessários para a boa gestão pública, prestígio político e consideração aos seus munícipes é chancelar o atraso do município. Caso esta situação ocorra, a responsabilidade é do povo que não sabe votar.
Soberanamente, a sociedade deverá execrar, nestas eleições, todos aqueles que governam para uma casta, na qual estão inclusos, contando com o beneplácito dos que deveriam pugnar pelo controle institucional como representantes do povo, esquecendo que o exercício da função pública tem como alvo a coletividade. Portanto, estes também devem ser exemplarmente punidos com uma expressiva derrota. “Todo poder emana do povo...”, diz a nossa Constituição. Estar chegando a hora de o povo fazer valer este princípio constitucional, excluindo da vida pública os que somente sabem se locupletar.

Fortaleza, 9 de março de 2012
Leonardo Pildas
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