Imagem: Orkut Elitânia Bezerra |
Ainda jovem, aprendeu com seu pai os fundamentos da agrimensura, a arte medir terras, tornando-se agrimensor prático. Exerceu este mister com muito desvelo e grande capacidade técnica, sendo conhecido e respeitado em toda a Ribeira de Coreaú e serra da Meruoca e região da Ibiapaba.
Outras atividades marcaram o seu viver. Militou na agricultura, por um considerável período.No biênio 1950/1951, foi funcionário municipal, na gestão do seu genitor quando esteve a frente da Usina de Luz e Força responsável pelo fornecimento de energia elétrica à cidade de Coreaú. Tempos depois, ingressou no Serviço Público Estadual, sendo lotado no Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens – DAER, permanecendo neste até sua aposentadoria ocorrida no inicio dos anos 70.
Ao longo do tempo, participou ativamente da vida paroquial de sua terra. Na juventude, foi congregado Mariano. Mais tarde, passou a integrar a Irmandade do Santíssimo Sacramento, da qual foi assíduo filiado. Por muitos anos, foi responsável por noitários da tradicional festa da padroeira, notadamente o último que era dedicado aos visitantes.
Participou, também, com afinco, da vida política de Coreaú dos anos 50, 60, 70 e 80. Nessas décadas, marcou presença em todos os eventos sociais, religiosos e políticos que se verificaram no seu torrão natal.
No período compreendido entre 26/09/1969 e 26/02/1972, ingressou na diretoria da Sociedade Pró-Ginásio segunda entidade mantedora do Ginásio Nossa Senhora da Piedade.
A sua longa caminhada, na terra, foi lastreada por posturas relevantes, onde a cidadania, a coerência e a sinceridade despontavam com robusteza e expressividade. Este exemplo de vida, ele legou não só aos filhos, netos e bisnetos, mas a todos aqueles que buscam ser cristãos e cidadãos autênticos, comprometidos com a verdade e com o bem- estar da comunidade que integram.
Durante o curso do seu viver, sempre demonstrou dedicação e apreço a sua família, a sua terra e a seus contemporâneos, por isso, sempre mereceu o respeito e a estima de todos. Por ter sido simples, generoso, leal, ético e discreto, sentiu o jubilo da vida e viveu em plenitude.
Segundo o filosofo Immanuel Kant: “A mais elevada tarefa do ser humano é saber o que deve ser, para ser um ser humano”, esta preocupação podemos identificar-la, com relativa facilidade, neste relato biográfico que realça a vida honrada e dignificante deste cidadão impoluto chamado Iraldo Cristino que, no dia seis de outubro de 2004, com 87 anos, migrou para a pátria celeste, atendendo ao chamado do Senhor da vida.
Leonardo Pildas
Retirado do livreto da Missa de sétimo dia de falecimento
Agradecimentos Elitânia Bezerra por nos ter cedido o livro.