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20/11/2011

O CENTENÁRIO DE UM NOTÁVEL PALMENSE

Hoje, dia 20 de novembro de 2011, domingo, um palmense de fibra, se vivo fosse, estaria completando cem anos. Com a devida reverência, neste escrito, serão registrados dados e feitos dessa figura singular da Coreaú de ontem. 
Esse cidadão que se chamava Deusdédit Gomes Fontenele, nascido, a 20 de novembro de 1911, uma segunda-feira, fruto do casal João Batista Gomes e Quintina Fontenele Gomes, sempre honrou a terra do seu nascimento.
Estudou no torrão natal com a professora pública Maria de Carvalho e no Colégio Sete de Setembro, fundado e dirigido pelo Padre Luiz Firmino Nogueira, vigário de então.
Aos 27 anos, na data de 20 de novembro de 1938, um domingo, realizou o grande sonho da juventude, casou-se com Maria Iolanda Menezes Gomes, nascida a 20 de novembro de 1919. Desta união conjugal nasceram: os gêmeos Raimundo Leopoldo de Menezes Neto e João Batista Gomes Neto, Iduina Gomes Menezes, José Galba de Menezes Gomes, Demócrito Menezes Gomes e Quintina Gomes Menezes.
Nos primórdios da década de 1930, iniciou sua vida funcional no comércio local, depois trabalhou, por algum tempo em Jaibara, retornando à velha Palma. No decorrer de 1935, ingressou no Serviço Público Estadual, com lotação na Secretaria da Fazenda e exercício efetivo na Coletoria de Tamboril.
No fisco estadual, desempenhou as seguintes funções: Escrivão em Tamboril, Coreaú, Campos Sales e Cariré; Coletor em Coreaú, Mombaça e Cascavel; e Inspetor de Exportação no porto de Fortaleza.
Em Coreaú, foi um dos fundadores do Grêmio Recreativo Palmense e sócio da Associação Rural de Coreaú. Militou na política partidária, tendo sido candidato ao cargo de prefeito municipal no pleito de 1958, pelo PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, não logrando êxito.
Idealista e engenhoso, esteve sempre adiante do seu tempo. Assim, lutou com muita firmeza pelo desenvolvimento de Coreaú. Em 1947, graças a sua pertinácia, Coreaú voltou a ter energia elétrica. Como sócio-gerente da Empresa Elétrica de Coreaú, assinou o contrato com a Prefeitura Municipal para exploração do serviço de iluminação pública e particular.
Homem de visão, apoiou a ideia da implantação do Ginásio Nossa Senhora da Piedade e contribuição financeiramente para esta augusta finalidade.

Faleceu, em Fortaleza, onde residia, no dia 17 de agosto de 1996. Naquela data, silenciosamente, em sua fisionomia grave, deve ter refletido esta sentença de Rabindranath Tagore: “É hora de partir,... Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada. Não indaguem sobre o que levo comigo. Sigo de mãos vazias e o coração confiante.

Ele, que vive a eternidade prometida, deixou o exemplo de cidadania e o seu ideário como legado a enriquecer a História de Coreaú.

Por todas as lutas, pelo seu compromisso e acima de tudo pelo seu comprometimento com as causas em prol do desenvolvimento de Coreaú, o seu torrão natal lhe deve uma justa e honrosa homenagem pública. Uma artéria de Coreaú deve ser crismada com seu nome.

Por último, vale destacar uma significativa coincidência: ele nasceu no dia 20 de novembro de 1911, casou-se no dia 20 de novembro de 1938 e sua esposa nasceu no dia 20 de novembro de 1919. Portanto, hoje, são três aniversários, dois natalícios e um de casamento: o centenário de nascimento de Deusdédit, 92 anos de Dona Iolanda e 73 anos de casamento do casal.

À memória do ilustre conterrâneo um epicédio.  À Dona Iolanda, parabéns.   

  
Fortaleza, 20 de novembro de 2011
Leonardo Pildas

Nota Bene: A foto pertence ao acervo do Centro da Memória de Coreaú – Cemeco. O texto em apreço é parte de um trabalho a ser enfeixado em livro.
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