Há semanas eu fui abandonado aqui, de forma irracional e inconseqüente, por moradores do próprio bairro, que não estão nem aí para as consequências que eu posso ocasionar ao meio ambiente. Parte de mim poderia ser reciclada, outra poderia ser colocada em local apropriado. Menos aqui, que é um local residencial. Muitos me “xingam”! Olham pra mim, fazem uma cara tão feia e tapam o nariz. Outros “esculhambam” o serviço de limpeza pública por não ter vindo me levar para o “lixão”. Não importa onde me coloquem: ao longo dos anos eu vou continuar poluindo o meio ambiente. Ficaram tão irritados comigo que me atearam fogo, achando que iriam se livrar de mim, mas pelo contrário, só fizeram piorar a situação: através da combustão, emiti diversos poluentes tóxicos. E eu continuo aqui esperando... quem sabe amanhã... depois... depois...O certo é que eu continuo aumentando, ao contrário da responsabilidade e da saúde da população, que continua diminuindo. Vou parar por aqui que vem vindo outro morador do outro lado do bairro com mais lixooooooooooooooo!
Esta é uma forma, até certo ponto bem humorada, no sentido de sensibilizar o serviço público pela seriedade e responsabilidade na coleta de lixo e, em especial a população que deve colaborar, colocando o lixo em sacolas, caixas e esperar o dia do carro passar na sua rua. A situação da COHAB é lastimável: muito lixo, mato, lama com fossa escorrendo a céu aberto. Muito rato, muriçoca e barata.
Professor Raimundo Eliano