O telescópio espacial Hubble, da Nasa, chegou a mais um marco inédito em sua odisseia Universo afora. Na segunda-feira, a estrutura fez sua milionésima observação científica, durante uma busca por água em um exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar), a mil anos-luz da Terra.
"Por 21 anos, o Hubble tem sido o grande observatório espacial científico, nos surpreendendo com suas imagens profundamente belas e permitindo inovações em um amplo espectro de disciplinas astronômicas", anunciou o administrador da Nasa, Charles Bolden. Ele pilotou a missão do ônibus espacial que levou o Hubble à órbita. — O fato de ele atingir este marco estudando um planeta distante é um notável lembrete de sua força e legado.
Embora o Hubble seja mais conhecido por suas imagens deslumbrantes do cosmos, sua milionésima observação é uma medida espectroscópica, onde a luz é dividida em suas cores componentes. Esses padrões de cor podem revelar a composição química de fontes cósmicas.
O telescópio trabalhava no HAT-P-7b, também conhecido como Kepler 2b, um planeta de gás gigante (maior do que Júpiter) e que orbita ao redor de uma estrela mais quente do que o Sol.
O Kepler 2b está sendo estudado pelo observatório Kepler, cuja missão é descobrir novos planetas. O Hubble, por sua vez, é usado para a análise da composição química da atmosfera do planeta.
O Hubble foi lançado em 24 de abril de 1990, dentro do ônibus espacial Discovery. Suas descobertas revolucionaram praticamente todas as áreas da pesquisa astronômica, da ciência planetária à cosmologia. Um arquivo dos dados coletados pelo telescópio está disponível no site http://hla.stsci.edu.
Da Agência O Globo