Pois bem:
Corria meados da década de setenta, quando este aspirante a escriba mor (não sei porque censurado ou existe aí um mal entendido?) ainda era um moleque "bochudo" que mais parecia um cabrito engeitado, tinha como entretenimento apenas um cata vento feito com lata de óleo pajeú fincado numa estaca a girar veloz com a força dos ventos do "fins-d'água" como dizia o matuto naquela época. Ah! Ía me esquecendo: Justo no "fins-d'água" mês de junho tínhamos as fogueiras. Aí sim. Tinha mais diversão. Era todo o mês de festa ouvindo no Programa Varandão da Fazenda, as vozes de Mário Zam, Trio Nordestino, Três do Nordeste, Marinês e sua gente, Luis Gonzaga e tantos outros legítimos representantes da autêntica musica nordestina, cantando músicas com letras que falavam dos temas juninos. Eles nunca vieram por estas bandas, mas foram ouvidos. Mas... Eu disse: Mas.... Masss... Masssss... Os tempos mudaram. Lá se vão mais de trinta "fins-d'água" e as coisas mudaram... Brasil a fora todo mês de junho tome incentivo a cultura com espetáculos pagos a preço de ouro espalhando Brasil e Nordeste a fora ""xous" com celebridades semi-enlatadas cantando "nhê nhê nhê" meloso e sem nenhum vínculo com a real cultura junina.Aí diante de um contraditório destes sou forçado a indagar: "-Será o fim dos tempos?
"Tenho dito... E sempre!!!
Manuel de Jesus