O segundo domingo de maio é tradicionalmente festejado como o dia das mães, que bela festa! Coincidentemente ou propositadamente esta data é comemorada no mês de maio, mês dos louvores à Virgem Maria a mãe de todas as mães.
Neste domingo, homenageamos aquela que tem “um sorriso para todas as alegrias, uma lágrima para todas as dores, um consolo para cada infortúnio” e representa, sempre, uma viva esperança para cada filho que seu ventre gerou.
Nada, neste mundo, é mais magnificente do que a figura de mãe. Todas, no nosso entender, são santas, pois nelas se processa o grande mistério da vida e não estamos só, nesta linha de pensamento. Vejamos o que dizem dois grandes poetas acerca do assunto, Padre Zezinho numa de suas composições musicais dedicadas a Nossa Senhora nos legou os seguintes versos: “Em cada mulher que a terra criou / um traço de Deus Maria deixou, / um sonho de mãe Maria plantou / pró mundo encontrar a paz”; Catulo da Paixão Cearense, grande poeta maranhense, fundamenta melhor o nosso pensar nesta linda estrofe de sua autoria: “Eu vi minha mãe rezando / Aos pés da Virgem Maria: / Era uma santa escutando / O que outra santa dizia!”
Mãe, palavra única que não encontra em todo o nosso rico idioma outra, que com ela rime. A sua rima se faz com doação e amor. É o termo mais singelo e representativo do universo, por isso é, invariavelmente, o primeiro a ser balbuciado pelas crianças.
Como é gostoso e jubiloso exclamar, em todas as idades: mamãe, eu te adoro! Nossa limitada inteligência não é capaz de traduzir toda a sonoridade que esta exclamação, partindo de uma criança de tenra idade ou mesmo de um adulto, produz no íntimo da mãe receptora desta maravilhosa expressão. Só elas podem descrever, com riqueza de detalhes, tamanha emoção.
Enfeixamos neste pequeno tributo àquela, que é a mais augusta criatura do gênero feminino, um fragmento de um poema de Cora Coralina: “tens o dom divino de ser mãe. Em ti está presente a humanidade”. E nós acrescentamos, em ti se realiza a sublimidade do amor.
Aproveitando esta oportunidade, saúdo, neste venturoso dia, todas as mães coreauenses, da cidade, dos distritos e da zona rural. Que seja alegre e feliz esta florida data, a vocês consagrada.
Parabéns, mamães, de todas as idades, de todas as raças, de todas as crenças e de todas as cores.
Fortaleza, 11 de maio de 1997
Leonardo Pildas
Nota Bene: Este artigo foi escrito na data assinalada e foi lido, na época, na querida Rádio Princesa do Vale. Hoje, 8/5/2011, às 23h38min, fiz uma pequena adaptação para enviar a esse vitorioso blog.